(Fonte: EBC)
Mulheres negras de várias partes do estado do Rio de Janeiro tomaram conta da orla de Copacabana neste domingo (30). Elas participaram da 9ª Marcha das Mulheres Negras, que levou para o bairro da zona sul carioca o lema Mulheres Negras Unidas contra o Racismo, Toda Forma de Opressão, Violência e pelo Bem Viver.
A manifestação foi organizada pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras - RJ e contou com a participação de diversos coletivos ligados ao combate da desigualdade racial. O evento fecha a semana de mobilização pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em 25 de julho, e acontece na véspera do Dia Internacional da Mulher Africana.
O ato seguiu pela orla de Copacabana com gritos de “vem para a marcha, vem!”. As participantes carregavam faixas, cartazes e ostentavam placas como retratos de mulheres negras que lutaram pela defesa, respeito e empoderamento da população preta, como a escritora Carolina Maria de Jesus, a cantora Elza Soares, a intelectual Lélia Gonzalez, a líder quilombola no século 18 Tereza de Benguela, e a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018.
O SINTUFF convocou em suas mídias e esteve presente na Marcha com sua delegação, organizada pela nova coordenação eleita.
Dia Internacional
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho) foi criado pela Organização das Nações Unida (ONU), durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como Rainha Tereza, que viveu no século 18, no Vale do Guaporé, em Mato Grosso, e liderou o Quilombo de Quariterê.
O Dia Internacional da Mulher Africana, celebrado em 31 de julho, foi criado em referência à Conferência das Mulheres Africanas, em 1962, na cidade de Dar Es Salaam, na Tanzânia.
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