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Consciência negra frente à violência, à exploração e à desestruturação dos serviços públicos

  • Foto do escritor: SINTUFF
    SINTUFF
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

O mês de novembro convoca à reflexão sobre a Consciência Negra e expõe as desigualdades que ainda marcam a vida da população negra no Brasil. As recentes chacinas dos complexos da Penha e do Alemão evidenciam o padrão de violência que atinge principalmente jovens negros e negras das periferias, resultando em mortes e impactos sociais profundos aos(às) moradores(as) dessas comunidades. Esses episódios evidenciam a persistência de práticas policiais letalistas e reforçam a urgência de políticas públicas efetivas para proteger comunidades vulneráveis.

Outro desafio está relacionado às condições de trabalho em setores essenciais. As jornadas exaustivas, como a 6x1, existem em empregos precários nas áreas de saúde, transporte, comércio e serviços gerais, ocupados majoritariamente por trabalhadores e trabalhadoras negros(as). Essas condições desgastantes, com baixa remuneração e falta de direitos, reforçam a desigualdade social e limitam oportunidades de ascensão e bem-estar.


A reforma administrativa recentemente proposta agrava ainda mais essa situação. Apresentada como medida de eficiência e modernização, ela enfraquece o serviço público e prejudica direitos conquistados, dificultando o acesso a cargos, carreiras e políticas públicas. Para a população negra, que depende mais intensamente do Estado devido às desigualdades históricas, a reforma representa um obstáculo adicional à igualdade de oportunidades e à garantia de direitos fundamentais. Precarizar o serviço público aumenta a distância entre quem tem privilégios e quem precisa dos serviços públicos para sobreviver e se desenvolver.


Encontro Nacional de Negras e Negros e 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras


Nos dias 22, 23 e 24 de novembro, haverá o Encontro Nacional de Negras e Negros da FASUBRA Sindical, no intuito de fortalecer o debate e a organização das pautas antirracistas junto à categoria. A federação convocou suas entidades de base a participarem dessas atividades, e o SINTUFF enviará delegação para representar a categoria da UFF na luta por igualdade.


No dia 25 de novembro de 2025 ocorrerá a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, reafirmando a luta da população negra para que suas vidas e direitos sejam respeitados. A marcha denuncia as atrocidades e desigualdades históricas. 

Neste mês, é essencial reconhecer que a luta por igualdade racial está ligada à defesa do serviço público de qualidade e à valorização do trabalho de profissionais que garantem acesso a direitos essenciais. Cada chacina, cada jornada exaustiva e cada proposta de reforma que enfraquece o Estado impacta de forma mais intensa quem vive sob a negligência dos governos, perpetuando ciclos de vulnerabilidade e exclusão.

A reflexão sobre a Consciência Negra deve vir acompanhada de ação concreta: resistir à violência, rejeitar medidas que precarizam serviços essenciais e lutar para que a população negra tenha acesso pleno a direitos que são de todos(as).



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