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Servidores do HUAP formalizam pedido de EPIs e seguem sem resposta

A EBSERH e a reitoria permanecem descumprindo decisão judicial no que tange a garantia de Equipamento de Proteção Individual (EPI), mesmo sob risco de multa diária. O prazo para garantir os equipamentos já foi excedido. Há servidores que formalizaram solicitação de EPIs e receberam apenas resposta verbal negativa. Muitos servidores encomendaram máscaras gastando do próprio bolso. EBSERH e as chefias não tem respondido formalmente os pedidos de forma negativa, evitando assim produzir provas da negligência da gestão.

Apesar de não haver EPIs para todos, o HUAP abriu leitos para casos graves de Covid-19. A prioridade da gestão deveria ser garantir segurança no trabalho aos servidores do hospital. Mas ocorre o contrário. EBSERH e reitoria operam para manter trabalhando servidores em situação de vulnerabilidade, não garantem EPIs para todos e ainda querem atender casos de Covid-19, mesmo sem a segurança necessária, no intuito de receber mais recursos.

Relatos de servidores do HUAP apontam que o superintendente da EBSERH, Tarcísio Rivello de Azevedo, tem praticado o mesmo negacionismo de Bolsonaro, ao circular pelo hospital sem equipamento de proteção, sendo o próprio de grupo de risco. É uma forma de assediar a categoria, dando péssimo exemplo e minimizando os riscos da doença. Nesse contexto, a EBSERH segue sem efetivar as contratações previstas no contrato com a UFF, enquanto a reitoria desviou mais de 300 vagas de concurso público decorrentes de aposentadoria que seriam do HUAP para outras áreas. Agora, em plena crise da pandemia, querem jogar nas costas do quadro de servidores efetivos a conta da crise que geraram. Um quadro de trabalhadores adoecido pelo constante assédio moral, pela falta de condições de trabalho, onde não há novos servidores devido à ausência de concurso público direcionado ao hospital.

Mais de um trilhão aos banqueiros e ataques aos servidores

Os cortes de benefícios dos servidores liberados para trabalho remoto também servem como instrumento de chantagem para manter em serviço presencial aqueles que pertencem a grupos de risco. O trabalhador fica na encruzilhada entre correr o risco de se infectar e manter a integralidade dos salários com auxílios e adicional de insalubridade. O servidor repentinamente vê seu orçamento cotidiano desfalcado, em uma época de aumento dos gastos, com crianças em casa todo tempo, entre outras despesas extras decorrentes do isolamento social.

Enquanto o governo, com a colaboração inesgotável da reitoria, opera para cortar benefícios dos servidores no contexto da pandemia, especialmente o adicional de insalubridade, o Banco Central já anunciou a disponibilidade de R$ 1,216 trilhão para os bancos brasileiros, um valor astronômico. Os governos e a maioria do Congresso Nacional trabalham sistematicamente para sacrificar a renda mensal dos servidores públicos no varejo enquanto entopem os banqueiros de dinheiro no atacado, sem cobrança de nenhuma contrapartida em favor dos correntistas.

Proteja sua vida e sua saúde, denuncie!

Através de nossos canais, denuncie falta de EPIs, indisponibilidade de testes de Covid-19 aos servidores, presença de trabalhadores mais vulneráveis ao coronavírus em áreas de risco e qualquer outra irregularidade. Envie fotos, vídeos, documentos, proteja a si e aos seus colegas de trabalho. As denúncias são fundamentais para o Departamento Jurídico do SINTUFF atuar na esfera judicial e ajuda a comunicação do sindicato a denunciar publicamente os desmandos da EBSERH e da reitoria.

A pressão funciona. Recentemente, a reitoria mobilizou a Divisão de Perícia para trabalho presencial e se viu obrigada a recuar diante de notificação e denúncia pública do sindicato, assim como da insatisfação dos servidores do setor. Mobilize-se e denuncie! Defenda sua saúde e sua vida.



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