O prazo para a resposta da Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida (CASQ) sobre o adicional de insalubridade em grau máximo para os servidores ativos no Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) vence na próxima quarta-feira (23/9). Esse prazo foi estabelecido por resolução da última sessão do Conselho Universitário (CUV). A categoria e a população de Niterói aguardam com ansiedade que se faça justiça aos profissionais de saúde expostos nesse período de pandemia.
O número de casos e óbitos voltou a subir em Niterói e todo estado do Rio de Janeiro. Voltou também a aumentar a taxa de ocupação nos hospitais, incluindo o HUAP, e da mesma forma os casos e riscos de contaminação nas unidades hospitalares. Diferente do que diz a propaganda da prefeitura, sobre Niterói ser um suposto exemplo de combate à Covid-19, a média de óbitos na cidade é maior que a de São Gonçalo e dos maiores municípios da Baixada Fluminense, cuja arrecadação é muito menor.
Diante de um cenário que a pandemia se estende, que o número de casos e óbitos volta a subir, se torna ainda mais primordial e justo que a CASQ, reconhecendo a contaminação cruzada já relatada pela própria gestão do HUAP, amplie o grau máximo para todos os servidores ativos no hospital.
Reitoria volta a fazer fake news em resposta à Comissão de Saúde da Câmara Municipal
Com atraso de dois meses, a reitoria respondeu um ofício da Comissão de Saúde e Bem Estar Social da Câmara Municipal. O ofício questionava os encaminhamentos (ou a falta deles) sobre a insalubridade no HUAP no contexto da pandemia. Enviado no dia 21/7, o ofício foi respondido somente em 21/9.
Na resposta, a reitoria segue com uma postura de distorcer os fatos para justificar sua atuação descompromissada com esse tema. A reitoria responde que “a administração da UFF trabalhou incessantemente para reavaliar os laudos ambientais”. Se isso fosse verdade o CUV não teria demorado mais de três meses para efetivamente adotar alguma deliberação sobre o tema. A CASQ está desde o final de maio sem dar resposta sobre a lista enviada pela Superintendência do HUAP, que justifica e solicita o grau máximo de insalubridade para mais 455 servidores.
A reitoria afirma que “o tema foi amplamente debatido com representantes do SINTUFF”. Na única audiência realizada sobre esse tema, os representantes da reitoria ficaram calados sob ordens do procurador da UFF, Jonas Ribeiro, em uma reunião que o reitor não compareceu para participar de uma live.
Por fim, a reitoria insiste na fake news que o SINTUFF moveu uma ação pública cujo objeto é a “legalidade da concessão irrestrita do adicional de insalubridade a todos os servidores do HUAP”. O SINTUFF não moveu qualquer ação com esse objeto. Na ação movida pelo SINTUFF, o objeto é obrigar a reitoria a responder os requerimentos feitos pelo sindicato, tendo em vista que é obrigação da gestão respondê-los, independente de qual resposta seja. A maior prova que a reitoria não tem qualquer compromisso em responder requerimentos e nem disposição para o diálogo é ter respondido o ofício da Comissão de Saúde e Bem Estar Social somente dois meses depois. Isso comprova que estava correto o SINTUFF entrar na justiça para que a reitoria cumpra sua obrigação de pelo menos responder requerimentos, seja essa resposta atendendo ou não os pleitos do sindicato.
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