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Há três meses que direção do HUAP reconhece contaminação cruzada no hospital


Há exatos três meses (27/5), a Superintendência do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), na figura do superintendente Tarcísio Rivello, enviou o ofício 074/2020 ao reitor solicitando “devidas providências na revisão de grau de insalubridade de todos os profissionais assistenciais de HUAP, caso assim julgue adequado”. No ofício, o superintendente reconhece que “apesar de todas as medidas de controle adotadas para proteção dos profissionais o trânsito intra-hospitalar de pacientes necessário para a realização de procedimentos diagnósticos (tomografia, biópsias, exames endoscópicos), a mudança de locais de internação e procedimentos cirúrgicos tornaram todos os setores hospitalares vulneráveis à infecção pela COVID-19, desenvolveu o fluxo cruzado de pacientes e profissionais da saúde”.

O documento constata que “pacientes assintomáticos internados em áreas não COVID-19 diariamente manifestam sintomas respiratórios — uma vez que o período de incubação estimado é de 14 dias —, tornam-se casos suspeitos, e tem seus testes diagnósticos moleculares positivos para COVID-19, expondo profissionais que atuam nessas áreas não COVID-19”.

Esse documento não deixa qualquer dúvida sobre os riscos enfrentados por todos os servidores ativos no HUAP neste período de pandemia. Já existem laudos ambientais emitidos anteriormente pela Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade (CASQ) onde “constata-se exposição a risco biológico em grau máximo dos profissionais de saúde que atendem pacientes com sintomatologia compatível com doenças infectocontagiosas que ensejam medidas de precaução de contato (isolamento), incluindo os casos suspeitos de infecção por COVID-19”. A própria CASQ reconhece que esses laudos poderiam ser atualizados, “a qualquer tempo, desde que tecnicamente justificada exposição ocupacional que ampare concessão de adicional ocupacional”, o que efetivamente já ocorreu há três meses.

A não atualização dos laudos após três meses desse ofício enviado pelo gestor máximo do HUAP ao gestor máximo da UFF não tem explicação razoável, a não ser a ausência completa de vontade política por parte do reitor. Infelizmente, a reitoria demonstra seu desacordo e desprezo pelo direito ao adicional de insalubridade aos que estão na linha de frente contra a Covid quando se refere a essa justíssima reparação pelos riscos como “vantagem econômica”.


Confira o ofício na íntegra:


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