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Força das ruas derrubou PEC da Blindagem e enfraqueceu anistia aos golpistas

  • Foto do escritor: SINTUFF
    SINTUFF
  • 24 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de out.

Manifestação em Copabana contra a PEC da Blindagem (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Manifestação em Copabana contra a PEC da Blindagem (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A pressão popular demonstrou sua potência. As manifestações do dia 21 de setembro, realizadas em 33 cidades brasileiras, derrubaram a chamada PEC da Blindagem — rejeitada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado apenas três dias depois — e enfraqueceram a articulação pela anistia aos condenados pela tentativa de golpe de 2022.


Mobilização em todo o país


Em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Brasília, multidões deixaram claro que não há espaço para blindagem parlamentar nem perdão aos golpistas. Na Praia de Copacabana, um mar de gente tomou as ruas. O ato ganhou visibilidade pela presença de artistas de renome, mas o maior destaque foi a força popular. O SINTUFF esteve presente com uma coluna vinda de Niterói, reafirmando a posição firme dos(as) técnico-administrativos(as) da UFF contra qualquer conciliação com a extrema-direita.


A derrota da PEC foi um recuo imposto pela mobilização. O projeto, já aprovado na Câmara, previa que qualquer processo contra deputados e senadores dependesse de autorização prévia do Legislativo, em votação secreta — mecanismo que no passado serviu apenas para engavetar centenas de pedidos de investigação. A rejeição unânime na CCJ foi resultado direto da pressão das ruas, a ponto de parlamentares que votaram a favor da PEC tentarem justificar-se ou até pedir desculpas públicas diante da repercussão negativa.


A batalha contra a anistia


A batalha agora é contra a anistia. Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe e organização criminosa, é o maior interessado em reescrever a história recente do país. Uma eventual anistia, seja ampla como querem os bolsonaristas, seja “negociada” entre Congresso, governo e STF, representaria nada menos que a legitimação da impunidade. Não se trata de reconciliação, mas de sinal verde para a reorganização do mesmo projeto golpista que tentou impor um regime autoritário no país.


A anistia e a PEC da Blindagem fazem parte de um mesmo movimento: blindar corruptos e naturalizar o golpismo como prática política. Não são iniciativas isoladas, mas expressões de um projeto autoritário que busca se consolidar no Brasil, combinando ataques às liberdades democráticas, autoproteção parlamentar e estímulo à narrativa de vitimização da extrema-direita.


O caminho é a mobilização


As manifestações de 21 de setembro revelaram uma compreensão profunda: a luta contra o golpismo não é apenas uma disputa institucional, mas uma batalha política em defesa da classe trabalhadora e das liberdades democráticas. É ilusório confiar que as instituições resolverão esse embate. Foi a força popular que derrubou a PEC da Blindagem, colocou o Congresso contra a parede para aprovar a isenção de Imposto de Renda aos que ganham menos de 5 mil reais e será ela que impedirá qualquer forma de anistia.


O SINTUFF reafirma: não há futuro construído sobre a impunidade dos que atentaram contra o país. A mobilização em Copacabana mostrou a importância da presença física da população organizada. É válido pressionar por redes sociais e petições, mas nada substitui a energia transformadora das ruas.


Independente da correlação de forças no Congresso, a lição é inequívoca: quando o povo se levanta, as manobras caem. A força das ruas já se impôs e seguirá sendo o caminho para derrotar a extrema-direita e defender os direitos democráticos e sociais da classe trabalhadora.

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R. Des. Geraldo Tolêdo, 29 - São Domingos 

Niterói - RJ

CEP: 24210-380

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