Todo apoio às greves na Petrobras e nos Correios. É hora de unificar as lutas!

Duas importantes categorias de trabalhadores de empresas estatais iniciaram processos de greve nesta semana, em resposta às políticas de arrocho salarial, retirada de direitos e precarização das condições de trabalho. Na segunda-feira (15), os petroleiros deram início a uma greve nacional. Já na terça-feira (16), trabalhadores e trabalhadoras dos Correios aprovaram paralisação por tempo indeterminado.

Nos Correios, a decisão expressa o esgotamento da categoria diante de meses de negociações sem avanços concretos e de propostas que ameaçam direitos historicamente conquistados. Em diversos estados, os ecetistas rejeitaram o rebaixamento salarial, defenderam a manutenção de benefícios e afirmaram que não podem arcar com os prejuízos de uma crise provocada por má gestão e decisões políticas acumuladas ao longo dos anos.

A greve também evidencia a força da mobilização de base, que pressionou pela deflagração do movimento diante da postura vacilante de setores das direções sindicais que apostaram, sem resultados, em negociações de última hora.

Entre os petroleiros, a paralisação nacional avança com ampliação da adesão em unidades terrestres e offshore, atingindo refinarias, terminais e plataformas. A categoria denuncia a priorização de lucros e dividendos em detrimento dos direitos dos trabalhadores, do acordo coletivo e da função social da Petrobras. Mesmo diante de judicialização, intimidações e repressão, os(as) trabalhadores(as) seguem mobilizados.

As greves nos Correios e na Petrobras revelam a insatisfação crescente com a política adotada nas estatais. Essas lutas dialogam diretamente com o enfrentamento dos(as) servidores(as) públicos(as) à Reforma Administrativa e à política de descumprimento dos acordos firmados após greves, que seguem com diversos pontos sem resolução.

Diante da ausência de diálogo real por parte do governo e da continuidade dos ataques aos direitos, torna-se ainda mais necessária a articulação entre trabalhadores(as) das estatais e servidores(as) públicos(as), fortalecendo a solidariedade e a unidade das categorias como condição para barrar retrocessos e avançar na defesa das estatais, do serviço público e dos direitos da classe trabalhadora.

O SINTUFF manifesta solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios e da Petrobras. Vamos juntos(as)!

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)