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"Era possível arrancar uma proposta melhor", aponta resolução aprovada pela Assembleia

Atualizado: 8 de jul.

A Assembleia Geral do SINTUFF, realizada na segunda-feira (1) na Faculdade de Economia, deliberou o fim da greve dos(as) técnico-administrativos na UFF, com retorno ao trabalho na última quarta-feira (3). No dia 27 de junho, as três entidades da educação federal, FASUBRA, SINASEFE e ANDES-SN, através de seus representantes, assinaram seus respectivos Termos de Acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).


O SINTUFF em suas últimas assembleias aprovou, a exemplo de diversas outras entidades, posições críticas à pressa em encerrar a greve e à forma de encaminhamento das negociações pelo Comando Nacional de Greve (CNG).

Apesar das limitações, os avanços obtidos foram decorrentes da força da greve e expressam a importância do sindicato, cuja existência e o fortalecimento são fundamentais para que a categoria obtenha reajustes salariais, melhorias na carreira, conquistas, benefícios e defenda seus direitos. A greve deixa um legado do quanto é importante que cada servidor se some a esta luta através de sua filiação ao SINTUFF.


“Era possível arrancar uma proposta melhor”, aponta resolução aprovada pela Assembleia


A Assembleia deliberou o fim da greve e, acompanhando essa decisão, aprovou um texto de balanço deste movimento, que durou mais de 100 dias. Confira a avaliação aprovada pela maioria dos presentes à Assembleia:


CONSIDERANDO que a greve dos(as) técnico-adm.(TAEs) foi um exemplo enorme de disposição e luta que essa categoria tem. Contra a vontade de alguns setores, a greve se impôs, rompeu o isolamento e influenciou para que outras categorias, como as representadas por SINASEFE e ANDES-SN, também aderissem à greve;

 

CONSIDERANDO que a greve enfrentou a coluna vertebral do governo Lula/Alckmin que é o teto de gastos públicos, imposto pelo arcabouço fiscal. Infelizmente, o governo preferiu ser fiel ao seu compromisso com o mercado financeiro e se manteve intransigente pelo reajuste zero em 2024;

 

CONSIDERANDO que foi a força da greve capaz de arrancar a cada nova rodada pequenos avanços, tanto no reajuste salarial quanto na carreira, mas que essa batalha foi interrompida pela política dos grupos majoritários da federação que desmontaram a greve e acataram a proposta insuficiente do governo;

 

CONSIDERANDO que repudiamos a postura patronal do governo em interferir e atacar a greve, pedindo aos dirigentes sindicais para que encerrassem o movimento, não respeitando a autonomia do movimento sindical que lutava, entre outras reivindicações, por mais verbas para a educação federal;

 

CONSIDERANDO que a FASUBRA assinou o acordo com o governo, mesmo sem uma nova rodada de assembleias, e é um fato consumado que a maioria das universidades voltam ao funcionamento ainda nesta semana;

 

A Assembleia do SINTUFF resolve:

 

1. Decidir pela saída da greve, deixando explícita a crítica aos grupos majoritários da FASUBRA que desmontaram a greve em meio à batalha, ressaltando que era possível arrancar uma proposta melhor do governo, devido à força da greve;

 

2. Exigir da direção da FASUBRA um debate amplo nas bases sobre as propostas que serão apresentadas pela federação nos Grupos de Trabalho com o MEC;

 

3. Seguir em mobilização, com permanente organização pela base, na defesa de nossas pautas que estarão nos Grupos de Trabalho (GTs) no Ministério da Educação (MEC), tendo em vista que somente serão implementadas por pressão da categoria. Que a FASUBRA convoque uma plenária nacional para o mês de agosto para construir um plano de lutas e busque desde já se articular com ANDES-SN, SINASEFE, UNE, UBES, FONASEFE e Centrais Sindicais para essa luta, que deve se estender ao enfrentamento contra os projetos de ataques à classe trabalhadora, aos servidores e serviços públicos, como a reforma administrativa e a tentativa de desvincular a obrigatoriedade das verbas constitucionais de saúde e educação.

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