Assembleia indica preferência por iniciar o período letivo em greve

Assembleia delege delgação à Plenária da FASUBRA, em janeiro. (Foto: Marcello Bertolo)

A última Assembleia Geral do SINTUFF de 2025 foi realizada na tarde desta terça-feira, 16 de dezembro, no Auditório da Faculdade de Economia da UFF, no Campus Gragoatá. A categoria debateu o RSC, o descumprimento do acordo de greve por parte do governo federal, a Reforma Administrativa e a realização da Plenária Nacional da FASUBRA, marcada para os dias 17 e 18 de janeiro, em Brasília. Ao final, foram eleitos os(as) delegados(as) que representarão o sindicato na plenária e aprovado um conjunto de resoluções que orientam a mobilização do próximo período, entre elas a indicação de, preferencialmente, iniciar o período letivo em greve.

No centro do debate esteve a avaliação de que o governo federal vem descumprindo pontos centrais do acordo de greve de 2024. As intervenções destacaram a não implementação das 30 horas, os ataques ao reposicionamento de aposentados(as) e, destacadamente, a apresentação pelo governo de um modelo de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) ainda mais restritivo que o da minuta, já insuficiente, construída na Comissão Nacional de Supervisão de Carreira (CNSC). Foi ressaltado que o texto encaminhado ao Congresso praticamente inviabiliza o RSC, restringe o reconhecimento a um curto recorte temporal e aprofunda desigualdades internas.

A assembleia também discutiu a antecipação da Plenária Nacional da FASUBRA, que terá como eixo o debate sobre um indicativo de greve nacional. Nesse contexto, foram apresentadas três chapas para a eleição da delegação. A Chapa 1, “A Luta Continua”, obteve 42 votos (3 representantes). A Chapa 2, “Sintuff Presente”, recebeu 14 votos (1 representante). A Chapa 3, “Autonomia e Luta”, teve 9 votos (1 representante). Houve uma abstenção. Conforme o critério aprovado, a chapa mais votada indicará o(a) delegado(a) da direção para a plenária.

Assembleia indica preferência por começar período letivo em greve

A assembleia aprovou, por ampla maioria, a indicação da deflagração da greve dos(as) técnico-administrativos(as) em educação para uma data que, preferencialmente, coincida com o início do próximo semestre letivo das universidades, incluindo o período de matrícula. Destaques apresentados para suprimir esse trecho foram rejeitados pelo plenário.

Também foi aprovada a inclusão, na pauta da luta e da greve, do reajuste salarial de 2027 e dos demais itens relacionados à reestruturação da carreira, vinculados à cobrança do cumprimento integral do acordo de 2024. Entre esses pontos estão o RSC, o reposicionamento de aposentados(as), a jornada de 30 horas, o plantão 12x60 e a equiparação dos auxílios. A proposta foi aprovada por ampla maioria, sendo rejeitados os destaques de supressão.

A assembleia deliberou ainda pela unificação da luta contra a reforma administrativa e pelo cumprimento do acordo de greve, articulando a mobilização dos(as) servidores(as) públicos(as) federais à solidariedade ativa à greve nacional dos petroleiros e à greve dos Correios. Foi aprovado o encaminhamento para que a FASUBRA se posicione publicamente em apoio a esses movimentos.

No debate sobre a EBSERH, foi rejeitada a proposta de criação de um grupo de trabalho para analisar o contrato. Em seu lugar, foi aprovado um substitutivo que propõe a realização de uma Audiência Pública, com a participação dos três segmentos da universidade, convocada conjuntamente por SINTUFF, ADUFF e DCE-UFF, com base nos estudos já existentes e nas resoluções anteriores da categoria, reafirmando a posição congressual do sindicato pela revogação da EBSERH na UFF.