Em defesa do mandato de Glauber, repudiamos a decisão do Conselho de Ética pela sua cassação
- SINTUFF
- 10 de abr.
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Atualizado: 17 de abr.
O SINTUFF repudia a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que aprovou, nesta quarta-feira (9), a cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), parlamentar atuante, coerente e comprometido com as lutas populares.
A decisão é um ataque às liberdades democráticas e à representação popular. Glauber foi eleito por 78.048 votos no estado do Rio de Janeiro e sempre pautou sua atuação pela defesa dos serviços públicos, pelo combate à corrupção e pela oposição firme aos interesses das elites econômicas no Congresso. Sua cassação busca silenciar vozes críticas aos acordos do Centrão e da extrema direita.
O processo refere-se ao episódio de abril de 2024, quando Glauber reagiu à provocação de um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), que insultou sua mãe, então internada em estado grave. A reação do deputado foi usada como pretexto para um processo político conduzido por parlamentares que ignoram condutas muito mais graves.
Casos como o da deputada Carla Zambelli, que sacou uma arma em via pública para ameaçar um homem negro, seguem sem processo na mesma Comissão de Ética. A tentativa de cassação de Glauber é uma retaliação por suas denúncias contra o orçamento secreto e sua oposição sistemática ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O relator do processo, Paulo Magalhães (PSD-BA), aliado de Lira, é símbolo da seletividade desse julgamento: absteve-se na votação da cassação de Chiquinho Brazão, preso por envolvimento no assassinato de Marielle Franco, mas atua com empenho para retirar o mandato de Glauber.
Diante desse cenário, Glauber anunciou greve de fome e permanece no Congresso até a conclusão do processo. Seu gesto é uma denúncia clara da degradação institucional e um chamado à mobilização em defesa da liberdade de crítica e da representação popular.
O SINTUFF se soma às organizações que já se manifestaram:
Glauber Fica! Não à cassação do mandato popular!
Seguiremos mobilizados em defesa das liberdades democráticas e do direito da classe trabalhadora à representação no parlamento.
Nenhum direito a menos! Nenhuma voz a menos!
A defesa do mandato de Glauber não pode se restringir ao debate parlamentar. É preciso ocupar as ruas, conectando essa luta às mobilizações em curso por moradia, por salário digno, pelo serviço público, pela democracia real. Defender Glauber é defender o direito de o povo ter voz ativa e representação combativa. Não aceitaremos calados(as) o avanço de uma ofensiva autoritária que mira justamente quem não se curva.
Glauber fica! E com ele, seguimos na luta.

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