A deflagração da greve docente para o dia 15 de abril foi indicada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), com base no resultado das assembleias realizadas nas seções sindicais, que referendaram a decisão congressual pela necessidade de greve. Representantes de 37 seções sindicais das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) participaram da reunião (22) do setor das IFES do ANDES-SN, onde foram avaliadas as deliberações da categoria docente e as indicações feitas na primeira rodada de assembleia, após a aprovação da construção da greve no primeiro semestre de 2024 pelo 42º Congresso do ANDES-SN.
ADUFF aprova construção da greve
Na assembleia da ADUFF, docentes da UFF deliberaram pela aprovação do indicativo de greve no primeiro semestre de 2024, destacando a conjuntura e o processo de negociação com o governo federal. Foram 126 votos a favor do indicativo de greve, 3 contrários e 8 abstenções.
Foi ressaltada a importância de construir um movimento unificado em defesa da recomposição orçamentária para as universidades, em conjunto com estudantes, técnico-administrativos e toda a comunidade acadêmica. A assembleia destacou a legitimidade da greve como instrumento de pressão e a importância de sua construção pela base, intensificando a mobilização docente e enfrentando a desmobilização e a precariedade de condições de trabalho e estudo.
Nova rodada de Assembleias
O calendário estabelecido pelo ANDES-SN prevê uma nova rodada de assembleias nas seções sindicais entre 26 de março e 9 de abril, com a deflagração da greve no dia 15 de abril como pauta principal, além da criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais. Posteriormente, está programada uma outra reunião do Setor das IFES do ANDES-SN em 10 de abril, com um prazo de 72 horas para informar o governo e as reitorias sobre a deflagração da greve no dia 15 de abril.
O indicativo do ANDES-SN foi influenciado pelas greves de outras categorias do setor da Educação, organizadas pela FASUBRA e pelo SINASEFE, e tem por estopim a falta de avanço nas negociações com o governo sobre questões como recomposição salarial, reestruturação da carreira e outras medidas que afetam os docentes, além da precarização das condições de trabalho.
Fontes: ANDES-SN, ADUFF
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