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  • Foto do escritorSINTUFF

Carta a trabalhadoras e trabalhadores da EBSERH sobre a greve das universidades

A nossa luta é por salário, carreira e investimentos em saúde e educação.

Somos contra o modelo de gestão atual do HUAP, jamais contra trabalhadoras e trabalhadores.


Prezadas e prezados trabalhadoras e trabalhadores concursados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH),


Como vocês naturalmente já sabem, nós servidores públicos federais efetivos da Universidade Federal Fluminense (UFF) deflagramos greve. Recebemos os piores salários do serviço público federal. Acumulamos mais de 53% de perdas salariais nos últimos oito anos. Em todo o país, vivemos situações de conflito com o modelo imposto pelo governo federal de entrega das gestões dos nossos hospitais universitários (HUs) para a EBSERH.


O fato de seremos contra esse modelo – privatista, mercantilista e antiacadêmico – de gerenciamento dos HUs não significa de forma alguma que defendamos a exclusão de trabalhadoras e trabalhadores da EBSERH dos hospitais. Ao contrário disso. Reivindicamos que toda essa força de trabalho seja definitivamente incorporada e vinculada aos nossos hospitais, pela forma de contratação e carreira que for a mais adequada e melhor lhes assegure estabilidade, direitos, salário e plano de carreira.


O modelo de gestão da EBSERH, inclusive, tem por metodologia o conflito, quando cria uma falsa dicotomia devido aos dois regimes de trabalho dentro do hospital. Muitas vezes servidores estatutários e trabalhadores da EBSERH se entendem erroneamente como adversários, concorrentes ou hierarquizados entre si. Mas no fim, a nossa luta é a mesma, por salário decente, contra as práticas que nos assediam, por condições dignas de trabalho, verbas e contratação de pessoal. Por essas razões, o SINTUFF sempre declarou publicamente seu apoio incondicional às reivindicações e greves de trabalhadoras e trabalhadores com vínculo à EBSERH.


Nesse sentido, prezamos por conquistar o apoio de vocês para a nossa greve, nossos colegas de trabalho, que integram a mesma classe social que nós, a classe trabalhadora. Estamos do mesmo lado e o conflito entre as categorias favorecem apenas os que achatam nossas remunerações e retiram nossos direitos. Da mesma forma que estivemos junto a vocês na luta quando estiveram em greve por reajuste salarial, contamos com igual apoio ao nosso movimento, que é de cobrança ao governo, por reajuste, carreira, verbas para as universidades, enfrentamento à EBSERH enquanto modelo de gestão, defesa dos HUs e apoio incondicional às lutas da classe trabalhadora.


Cordialmente,


Comando Local de Greve

Servidoras e servidores do HUAP em greve



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