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Audiência afasta retaliações à greve e reafirma diálogo sobre serviços essenciais

Atualizado: 15 de mar.


O vice-reitor Fabio Passos, acompanhado de pró-reitores e outros representantes da gestão, esteve reunido com o Comando Local de Greve (CLG) do SINTUFF em audiência (14) para tratar de assuntos relativos à greve, seus impactos para a universidade e à vida funcional dos servidores que aderiram. A reunião transcorreu em clima de cordialidade, construção de consensos e diálogo acerca das divergências. O vice-reitor abriu a reunião em agradecimento ao desmentido público que o SINTUFF fez acerca de notícia falsa de corte de ponto dos grevistas.

 

Serviços essenciais


O CLG apresentou sua avaliação acerca dos serviços que a reitoria listou considerar essenciais na reunião anterior (11). Na maioria dos pontos, houve consenso entre a reitoria e a posição do SINTUFF. Houve divergência acerca do fechamento do Restaurante Universitário, considerado essencial na avaliação da reitoria, e foi constatado desencontro de informações acerca do tema das novas nomeações, tendo em vista que a reitoria emitiu previamente que seriam suspensas em decorrência da greve. Sobre os temas divergentes e outras demandas que surgem durantes as discussões, o CLG respondeu que levará para debate nos espaços deliberativos, e reuniões junto aos setores responsáveis, para produzir respostas adequadas, que serão discutidas em novas audiências junto à reitoria.


De antemão, o CLG – com anuência da categoria no setor responsável – adiantou que será garantida a preparação de refeições do Restaurante Universitário aos estudantes da Moradia Estudantil. Não houve recusa do CLG e dos servidores do setor em dialogar outras necessidades, desde que preservado aos servidores do Restaurante Universitário o exercício do direito de greve.


Além da alimentação aos residentes da Moradia, o CLG também reconheceu como essenciais vários outros itens como pagamento de bolsas, auxílios e apoio à assistência estudantil a discentes de graduação em vulnerabilidade socioeconômica; garantia do atendimento médico a tratamentos em andamento, mediante debate com servidores do setor; pagamento de auxílio, compensações bancárias, na área de gestão de pessoal, como auxílio funeral, pensão alimentícia, entre outros; atendimentos a demandas judiciais pelos setores envolvidos, garantir a vida e proteção a animais e microrganismos na rede de biotérios; e garantia de tecnologia da informação (TI) para manutenção dos serviços considerados essenciais. Estes serviços, segundo deliberação do CLG, serão mantidos em sistema de escala.

 

Reitoria reafirma direito de greve sem retaliação


À luz da moção aprovada pelo Conselho Universitário (CUV), a reitoria refirmou os princípios do texto aprovado pela instância máxima da universidade, que dentre vários aspectos endossa uma futura reposição dos dias de greve através de compensação de trabalho represado, prática de acordo recorrente em todas as últimas greves. Esses termos, que na prática já abrangiam quem aderiu ao Programa de Gestão (PGD), também se estendem aos demais servidores. Nesse sentido, o SINTUFF orienta que os servidores em greve (incluindo aqueles que estarão em escala para garantir serviços essenciais) não registrem frequência. Da mesma forma, o CLG orienta que nenhum servidor formalize junto a qualquer chefia sua adesão individual à greve, em resguardo ao seu direito legítimo à paralisação, sem se submeter a controles persecutórios e reforçando que a greve é um movimento coletivo. A reitoria expressou que não formalizará qualquer retaliação à greve junto aos órgãos e sistemas do governo, em sintonia com as posições defendidas pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).


Em relação ao Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), os representantes da reitoria manifestaram que terão o mesmo tratamento dos demais servidores, tendo direito ao exercício de greve, sendo garantidos os serviços essenciais.


O CLG reforça que rodízio em setores não considerados essenciais, por fora dos termos estabelecidos nos fóruns sindicais, não é considerado greve. Portanto, não há orientação específica do sindicato àqueles servidores que optarem por essa prática.


Ao fim da reunião, o vice-reitor gravou um vídeo junto ao CLG, manifestando apoio às pautas da categoria, defesa do orçamento das universidades e garantia do direito democrático de greve.



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