7 de Setembro: tomar as ruas contra o imperialismo e por uma verdadeira soberania nacional
- SINTUFF
- há 9 minutos
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Por CSP-Conlutas
O 7 de setembro deste ano ganha grande importância diante do ataque imperialista dos EUA contra o Brasil e precisa ser um marco na luta por uma verdadeira independência. O tarifaço imposto por Trump, que eleva em 50% as taxas sobre as exportações brasileiras, é um grave ataque à soberania nacional.
No aspecto econômico, coloca em risco milhões de empregos, afeta setores inteiros da indústria e busca aprofundar a dependência do país aos interesses do imperialismo norte-americano. Mas Trump também utiliza o tarifaço como instrumento de chantagem para ampliar seu controle sobre nossas riquezas - petróleo, minerais estratégicos e a Amazônia -, ao mesmo tempo em que atua para tentar salvar Bolsonaro e seus cúmplices do julgamento por seus crimes e pela tentativa de golpe de Estado.
É diante desse cenário que a reunião da Coordenação Nacional (RCN) da CSP-Conlutas, realizada nos últimos dias 15, 16 e 17, decidiu convocar a classe trabalhadora, a juventude e todos os setores populares a ocupar as ruas no dia 7 de setembro.
A Central defende a mais ampla unidade de ação para enfrentar o imperialismo e seus aliados, mas reafirma: essa luta só pode ser vitoriosa com total independência política, sem qualquer apoio político ao governo Lula, aos empresários ou ao STF, que falam em soberania, mas não adotam medidas concretas de enfrentamento ao imperialismo, bem como fazem outros ataques aos trabalhadores e mantêm intacta uma política econômica de submissão ao capital estrangeiro e aos banqueiros.
Não basta só discurso. É preciso tomar medidas concretas
Enquanto o governo responde ao ataque com pacotes bilionários de ajuda aos empresários, a resolução aprovada pela RCN defende outro caminho: o governo de Lula tem de tomar medidas concretas anti-imperialistas e anticapitalistas.
Entre elas, aplicar tarifas de reciprocidade contra os EUA; proibir a remessa de lucros de multinacionais estadunidenses; suspender o pagamento da Dívida Pública a credores norte-americanos; estatizar empresas que ameaçarem fechar ou demitir; taxar as Big Techs; e garantir que a produção nacional sirva às necessidades do povo, com preços reduzidos para gás e combustíveis, estabilidade no emprego e redução da jornada sem corte de salários.
A Central também reafirma que é preciso lutarmos por uma verdadeira soberania nacional, na qual o país tenha um projeto de desenvolvimento que atenda as necessidades do povo e não submisso a governos estrangeiros e aos capitalistas, como faz o governo de Lula por meio de políticas como o Arcabouço Fiscal, privatizações, reformas neoliberais e outras.
Prisão para todos os golpistas
A luta pela soberania também passa por derrotar o golpismo. A ofensiva de Trump contra o Brasil também fez cair a máscara da extrema direita. Bolsonaro e seus aliados atuam como agentes do imperialismo dentro do país. Por isso, também é urgente exigir prisão para Bolsonaro e seus cúmplices, cassação de Eduardo Bolsonaro e confisco dos bens de todos os envolvidos na tentativa de golpe de Estado.

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