A categoria segue firme e mobilizada. Em mais uma assembleia representativa, com bom índice de comparecimento, a decisão pela continuidade da greve foi praticamente unânime, com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário. A nomeação do reitor eleito, após indefinição, e a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sofre a jornada de trabalho no Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), foram os fatos novos que mexeram com os brios dos servidores. A decisão do Tribunal para o IFSul refuta a tese de que a lei não permitiria 30 horas para todos "indistintamente", alegação esta defendida com unhas e dentes pela reitoria e pelos procuradores da UFF. Esse era o argumento central do Ministério Público na ação contra o IFSul, rejeitado por unanimidade pelo TCU.
A Assembleia deliberou pela realização de um ato na posse do reitor Antonio Claudio para exigir que este cumpra o que prometeu durante a campanha, se colocando "radicalmente" favorável à jornada de 30 horas e às decisões da comissão paritária, dissolvida unilateralmente por seu antecessor e aliado, Sidney Mello. Está mais que comprovado que não existe impedimento legal e que a decisão sobre a jornada de trabalho cabe exclusivamente ao reitor, não aos órgãos de controle ou às chefias imediatas, como prevê a portaria em vigor. A concentração para o ato está marcada para 6/12, 16 horas, na Reitoria.
Diante desse novo cenário e da atual conjuntura do país, o SINTUFF participa ainda da construção, junto a ADUFF e DCE, do debate "A defesa da Educação Pública frente aos ataques do novo governo" (4/5). O evento é parte das atividades de luta dos dias 4 e 5 dezembro organizadas conjuntamente por ANDES-SN (docentes), FASUBRA (servidores), UNE (estudantes), SINASEFE (escolas federais) e ANDIFES (reitores). O reitor da UFF foi convidado mas não se pronunciou.
É hora do reitor decidir se unirá esforços com a comunidade universitária em defesa da democracia, da autonomia e de direitos ou se será um mero cumpridor das ordens do governo.