Paralisação Nacional nos dias 10 e 11 de setembro

Pelo cumprimento integral do acordo de greve e para barrar a Reforma Administrativa

Realizada entre os dias 29 e 31 de agosto, em Brasília, a Plenária Nacional da FASUBRA Sindical reuniu delegações de todo o país e reafirmou a urgência de ampliar a mobilização da categoria. O encontro colocou no centro do debate a valorização salarial, a defesa da jornada de 30 horas, o enfrentamento à Reforma Administrativa e a denúncia do não cumprimento integral do acordo de greve firmado com o governo federal. Também esteve presente a compreensão de que a pressão no parlamento e nas ruas precisa ganhar fôlego diante dos ataques ao serviço público e à educação.

A Assembleia do SINTUFF, realizada no dia 19 de agosto, já havia aprovado a paralisação nos dias 10 e 11 de setembro, caso a data fosse confirmada pela FASUBRA, o que ocorreu na plenária. Essas jornadas terão panfletagem, debates e atividades conjuntas com entidades estudantis e docentes, numa ação articulada que busca fortalecer o vínculo com a comunidade universitária e ampliar o alcance da mobilização. Antes disso, no dia 3 de setembro, as bases também estarão nas ruas junto ao calendário do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE), somando esforços no enfrentamento à agenda de retrocessos.

Reforma Administrativa

A Reforma Administrativa foi tratada como ameaça central aos direitos de servidoras e servidores, e a plenária reforçou a necessidade de que cada sindicato promova diálogos e debates com especialistas para esclarecer a população trabalhadora sobre os prejuízos dessa proposta. A estratégia inclui ações simbólicas e de pressão política, como atos em frente às residências do relator Pedro Paulo, no Rio de Janeiro, e do presidente da Câmara, Hugo Motta, em Patos (PB), mobilizando as bases locais e regionais. As posições aprovadas pelos fóruns do SINTUFF compreendem que a pressão precisa também se estender ao governo, que tem agido de forma colaborativa com o Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa.

Outro ponto debatido foi o descumprimento do acordo de greve por parte do governo. A FASUBRA vai intensificar a cobrança por respostas concretas e estabelecer prazo para cumprimento do que foi firmado. Caso não haja avanço, está prevista uma campanha nas redes sociais denunciando a postura do governo. Além disso, a próxima plenária nacional deverá realizar um ato no Congresso Nacional, buscando dar maior visibilidade às pautas e facilitar a pressão direta sobre os parlamentares.

Nos dias 10 e 11 de setembro, paralelamente às ações de mobilização, a categoria realizará uma campanha nacional de doação de sangue com o mote “Estamos dando o nosso sangue”, numa combinação simbólica entre solidariedade social e luta política.

Plenária da FASUBRA reforça solidariedade ao povo palestino

A plenária reafirmou seu compromisso com a solidariedade internacional, aprovando ações concretas em defesa do povo palestino. Entre elas, a pressão para que o governo brasileiro rompa relações políticas e econômicas com Israel e para que as universidades federais encerrem convênios e parcerias com instituições israelenses. Ao mesmo tempo, será estimulada a ampliação de cooperação acadêmica, científica e cultural com instituições palestinas, fortalecendo a luta por soberania, reconstrução e dignidade.

Com estas resoluções, a Plenária da FASUBRA demonstrou que a categoria não recuará diante dos ataques e que seguirá mobilizada, articulando luta local e nacional, para garantir o cumprimento de acordos, defender direitos históricos e manter viva a solidariedade de classe dentro e fora do país.