Os garis do Rio de Janeiro lotaram um ginásio, em Guadalupe, em virtude da campanha salarial da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (COMLURB). Mais de dois mil funcionários compareceram à assembleia, onde não aceitaram a proposta de reajuste salarial feita pela empresa, e decidiram entrar em greve a partir da meia-noite de domingo (27) para segunda-feira (28).
Após a Assembleia os garis saíram em passeata pela Avenida Brasil. A proposta de reajuste oferecida pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) é de escassos 2,35%, um valor muito aquém da inflação acumulada de 10,54% nos últimos doze meses.
Uma decisão judicial tornou a greve ilegal antes mesmo dela começar, uma completa arbitrariedade contra o direito de greve, ferindo o direito dos trabalhadores se organizarem para reivindicar direitos e conquistas. A Prefeitura abriu contratação de mais de 1,5 mil terceirizados para furar e reprimir a greve da categoria.
O prefeito Eduardo Paes tem atuado com práticas repressoras, antissindicais e de perseguição à categoria e às suas lideranças. Caminhões da COMLURB foram colocados em um quartel da Guarda Municipal. Na noite do dia 28/3, Bruno da Rosa, uma das lideranças da greve, foi detido arbitrariamente sem qualquer justificativa ou mandado. A Prefeitura em conluio com os órgãos de repressão opera para intimidar e desmoralizar os trabalhadores, assim como persegue covardemente lideranças e apoiadores.
O SINTUFF manifesta irrestrito apoio à greve dos garis, repudia prisões e perseguições arbitrárias, assim como a judicialização e a criminalização da greve impulsionadas pelo prefeito Eduardo Paes.
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