Veja a resposta da reitoria à pauta dos(as) técnico-administrativos(as) do interior
- SINTUFF
- 6 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 1 dia
Em resposta às reivindicações apresentadas pelo SINTUFF, a reitoria da UFF detalhou, em ofício, as ações em andamento para atender às demandas dos(as) servidores(as) dos campi do interior. O documento, assinado pelo Gabinete do Reitor (GABR/UFF), aponta avanços em algumas áreas, mas também evidencia desafios estruturais que precisam ser superados.
Concursos Públicos
A reitoria destacou que já adota a regionalização de concursos para o interior, citando como exemplo o Edital nº 190/2022, que incluiu vagas para cidades como Angra dos Reis, Campos, Macaé e Petrópolis. No entanto, o sindicato ressalta que o número de contratações ainda não acompanha a demanda real, especialmente após a redução de terceirizados(as), o que tem levado à sobrecarga de trabalho e aumento de adoecimentos.
A administração atribui parte das dificuldades aos Decretos Federais 9.262/2018 e 10.185/2019, que limitaram a ocupação de cargos, mas informou que, mesmo assim, 34 vagas extras foram destinadas ao interior nos últimos seis anos – um passo positivo, porém ainda aquém do necessário para suprir as necessidades das unidades.
Remoção Interna
Sobre a remoção interna, a reitoria afirmou que já prioriza realocações antes da abertura de novos concursos, seguindo a Instrução Normativa/UFF nº 27/2023. Embora o mecanismo exista, servidores(as) relatam que o processo ainda é burocrático e pouco transparente, dificultando a mobilidade entre os campi.
Saúde e Segurança
Postos médicos: A UFF informou que há clínicos em Angra, Macaé, Petrópolis, Nova Friburgo, Campos e Santo Antônio de Pádua, mas Volta Redonda ficou sem médico(a) após desistência, e Rio das Ostras aguarda posse.
Exames periódicos: A reitoria reconheceu que a GEAP, responsável pelos exames, tem rede limitada no interior, mas disponibilizou um e-mail (periodicos.dpvs.casq@id.uff.br) para relatar problemas – uma medida útil, mas que ainda não resolve a falta de acesso em algumas regiões.
Perícia médica: A UFF destacou que já realiza perícias por videoconferência e tem peritos em vários campi, exceto em Angra dos Reis, onde ainda não há profissional alocado.
Assédio Moral e Sexual: A reitoria citou o Plano de Enfrentamento ao Assédio (Decisão CGIRC/UFF nº 1/2025) e lembrou de cartilhas e palestras realizadas desde 2022. O SINTUFF reconhece os esforços, mas reforça que é preciso garantir que as medidas saiam do papel, com apuração ágil de denúncias e apoio efetivo às vítimas.
Capacitação e Carreira: Oportunidades existem, mas acesso ainda é desigual
Sobre a reserva de vagas em mestrados e doutorados, a UFF informou que o Programa de Qualificação (PQI) oferece oportunidades, mas 35% das vagas ficam ociosas – um dado que, segundo o sindicato, pode refletir dificuldades práticas dos(as) servidores(as) em conciliar trabalho e estudo, e não necessariamente falta de interesse.
A reitoria apresentou as medidas em andamento, mas muitas demandas ainda dependem de recursos e mudanças estruturais. O SINTUFF reforça que é preciso acelerar as soluções para melhorar as condições de trabalho no interior.
Enquanto isso, os(as) servidores(as) seguem aguardando respostas mais efetivas para questões críticas, como concursos, saúde e mobilidade. O sindicato continuará acompanhando e cobrando, para garantir que os compromissos assumidos se transformem em realidade e haja novos avanços em todas as demandas.
Para conferir o documento na íntegra, clique aqui.
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