Na madrugada de sábado (4) para domingo (5), a estudante Ariela Nascimento, uma mulher trans, foi agredida covardemente com chutes e pauladas por homens cisgêneros. A violência se estendeu a seu namorado Bruno, homem trans negro, que foi ferido ao tentar defender a estudante. O crime ocorreu em um bar, no município de Cabo Frio.
Um dos homens começou a proferir comentários transfóbicos e violentos de forma a deixar o casal desconfortável e intimidado. Ariela e Bruno resolveram se retirar do estabelecimento, mas no percurso para casa sofreram perseguição e agressão por um grupo de homens, armados com pedaços de madeira.
Após o episódio violento e transfóbico, a estudante denunciou que teve obstruída, pela equipe médica que a atendeu, o fornecimento de informações relevantes para que pudesse prestar queixa criminal do ocorrido. Segundo o relato de Ariela, uma pessoa que veio lhe prestar suporte foi agredida junto a Bruno por um segurança do hospital, enquanto buscavam as informações para a denúncia criminal. O casal já realizou o boletim de ocorrência e os exames de corpo de delito.
O SINTUFF se solidariza perante todo trauma e dor sofridos de forma injusta e covarde por Ariela, repudia a violência moral e física transfóbica, cobra pela identificação e punição de seus agressores e para que as câmeras de segurança do local onde o casal se encontrava sejam verificadas neste intuito. Também divulgamos a campanha de contribuição financeira para que a estudante possa ter acesso aos medicamentos, tratamentos e repouso necessários à sua recuperação, através do pix: arielnascimento@id.uff.br.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), desde 13 de junho de 2019, o crime de transfobia é análogo ao crime de racismo, portanto inafiançável e imprescritível. É fundamental que a UFF, tendo em vista que Ariela é estudante da instituição, também se posicione de forma contundente sobre o caso. Basta de transfobia, por punição e prisão aos criminosos!
Veja o relato de Ariela Nascimento no Instagram:
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