A irresponsabilidade tem sido grande por parte dos gestores do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP). A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que dirige o hospital, e a reitoria vem mantendo o controle de frequência por biometria, uma postura perversa, que atenta contra todas as recomendações de saúde. Os gestores alegam que não conseguem fazer controle de frequência no papel, como se a eficácia desse controle fosse mais essencial que o combate à pandemia, mantendo ativo um aparelho que potencializa a transmissão do vírus.
Além disso, os trabalhadores do HUAP, pela natureza do trabalho realizado, estão mais expostos à transmissão da COVID-19. Faltam equipamentos, materiais de segurança e insumos. Além disso, a dura realidade exposta pela pandemia põe em xeque os argumentos utilizados por governo e reitoria para reduzir ou cortar os adicionais de insalubridade de diversos profissionais de saúde do HUAP. Caso haja um paciente suspeito, toda equipe será envolvida nos cuidados do mesmo, havendo assim exposição aos riscos biológicos.
Exigimos que a reitoria e a gestão do HUAP divulguem medidas protetivas efetivas para preservar os servidores técnico-administrativos da unidade, assim como para o combate ao coronavírus, suspendendo e/ou reduzindo os serviços não essenciais de forma a diminuir o trânsito de pessoas no hospital e potencializar o combate ao Covid-19. Da mesma forma, que anunciem em que condições o HUAP pode contribuir no atendimento aos casos suspeitos. O hospital precisa divulgar imediatamente quais são os protocolos de segurança, se os servidores do HUAP terão acesso ao curso dado pelo Ministério da Saúde aos profissionais para atender aos casos de coronavírus, assim como quais são os cargos essenciais para o funcionamento reduzido do hospital. Aos servidores do hospital que não trabalham em serviços essenciais, exigimos que sejam liberados assim como todos os demais que são parte dos grupos de risco.
Cobramos desde já a compra emergencial de máscaras e luvas adequadas, de boa qualidade e em quantidade suficiente a todo pessoal interno; sabonete líquido em todas as pias e álcool em gel em cada corredor e posto de trabalho. Reclamamos também transparência nos protocolos de atendimento, proteção e acolhimento para casos suspeitos e confirmados e adicional de insalubridade para todos os servidores que estejam ativos no HUAP, tendo em vista os graves e evidentes riscos.
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