Um dos pontos debatidos em audiência entre o sindicato e a gestão do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), nesta terça-feira (13), foi a implantação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) na unidade. Pela gestão, estavam presentes Verônica Alcoforado de Miranda (superintendente do HUAP), José Wilson Firmida Júnior (gerente administrativo), Leticia Pereira da Silva (Divisão de Gestão de Pessoas) e Aluizio Nunes da Silva Junior (Tecnologia da Informação). Pelo SINTUFF, estiveram presentes as coordenadoras Alessandra Primo de Moraes, Antonio Carlos de Oliveira Carvalho, Bernarda Thailania Ferreira Gomes, Marcia dos Santos Carvalho, Luiz Carlos de Andrade Vieira, Wagner Peres Braga e a conselheira universitária Maria das Graças Garcia e Souza.
Pela Divisão de Gestão de Pessoas (DGP), Letícia explicou que “no hospital já foi autorizado o Programa de Gestão pros servidores da gerência administrativa há um ano. E desde então, a DGP, junto com a universidade, está tentando adentrar os servidores da gerência administrativa no sistema”. Letícia afirmou que a universidade já está fazendo um planejamento para a migração ao novo sistema do governo, com conclusão prevista para outubro ou novembro de 2024.
Alessandra Primo, coordenadora do SINTUFF, afirmou que a partir de dados públicos de transparência aferiu que são 97 os(as) trabalhadores(as) vinculados à gerência administrativa, um número importante, mas pequeno se comparado ao conjunto dos(as) servidores(as) do HUAP. “Dentro desses 97 eu entendo que, talvez, algum desses setores não sejam contemplados com o híbrido, mas aqui o que a gente está levantando é a possibilidade deles poderem fazer o (PGD) 100% presencial” , afirmou Alessandra, que completou dizendo que a possibilidade de adesão ao programa mesmo que na forma presencial, alivia os(as) pessoas contempladas em relação à obrigatoriedade do ponto biométrico.
A representação do SINTUFF cobrou que o PGD seja ampliado a outros setores, para que não fique restrito ao setor administrativo. A coordenadora Marcia Carvalho reivindicou a possibilidade de adequação de setores das áreas assistenciais para que possam ser incluídos no PGD. Em resposta, a superintendente argumentou que o(a) servidor(a) destas áreas, “fica em contato direto com o paciente. A questão não é poder ou não poder. A atividade dele é a uma atividade que compõe um suporte a paciente”. Em réplica, a representação do SINTUFF mencionou que a adesão ao PGD não inviabiliza de forma alguma o contato direto e o suporte ao paciente, tendo em vista que a modalidade 100% presencial está prevista no programa. “Quero deixar claro que o nosso intuito em solicitar o PGD em nenhum momento é prejudicar o paciente ou qualquer tipo de atendimento ao público. Pelo contrário, a gente quer garantir as condições de trabalho”, afirmou Bernarda, coordenadora do SINTUFF.
O gerente administrativo, José Wilson Firmida Júnior, respondeu as falas do sindicato afirmando que “a gente tem hoje uma gestão absolutamente favorável à gestão do programa, implicada com a valorização do trabalhador, do servidor. A questão é só como a gente operacionaliza da melhor forma, contemplando a todos e garantindo assistência com qualidade. Não tem nenhuma posição de enfrentamento”, denotando que a gestão não estava em oposição ao pleito do sindicato.
Em nome da assessoria jurídica do SINTUFF, o advogado Magno Braga de Almeida afirmou que em relação ao PGD “não há uma vedação expressa a nenhum cargo. A unidade que vai constituir (o PGD) que vai avaliar as atividades. Não é dizer que só a área administrativa pode. Não estou dizendo que está sendo feito isso, é só um exemplo. É relembrar porque as vezes o PGD fica sempre atrelado ao teletrabalho e não é somente isso. É possível o PGD 100% presencial”.
Dirigindo-se aos(às) representantes da gestão do HUAP, Alessandra Primo afirmou que “gostaria de contar com a colaboração de vocês (gestão do HUAP) para que na nossa próxima reunião, que seja em breve, a gente possa aumentar esse número, considerando os outros cargos, os outros servidores”. A coordenadora Marcia Carvalho defendeu que “seria bom o relatório dessa comissão (do PGD), o trabalho final que eles fizeram, o trabalho de um ano, que ficou até de ser socializado”.
A superintendente afirmou a necessidade de reativar a comissão, que segundo ela foi desfeita. “Eu acho que é correto a gente ter uma comissão ativa, funcionando, aqui na instituição”. Como encaminhamento, ficou indicada a reativação da comissão com novos membros, paritária, composta com representante de diversos setores, e uma futura audiência após a constituição da mesma no intuito de avaliar a expansão do PGD para outros setores e cargos ainda não inseridos, em todas as áreas.
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