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Por unanimidade, Assembleia aprova Prestação de Contas do ano 2024

  • Foto do escritor: SINTUFF
    SINTUFF
  • 9 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 2 dias


A Assembleia Geral do SINTUFF, realizada na tarde de 8 de maio de 2025, na sede do sindicato, aprovou por unanimidade a Prestação de Contas do exercício de 2024. A reunião teve como pauta única a análise das movimentações financeiras do ano anterior e contou com uma apresentação detalhada das coordenadoras Alessandra Primo e Bernarda Thailania, representando a Coordenação Geral e a pasta de Administração e Finanças.


Abrindo a pauta, o Conselho Fiscal emitiu parecer favorável, atestando a regularidade das movimentações e recomendando a aprovação. As coordenadoras abriram a explanação reafirmando o compromisso da gestão com a transparência, o controle orçamentário e a autonomia sindical. De forma minuciosa, apresentaram as receitas, despesas e aplicações realizadas ao longo do ano, destacando-se, entre os dados expostos, os impactos financeiros da greve nacional dos(as) técnico-administrativos(as) das universidades federais, que teve duração de quase quatro meses.


A greve de 2024 foi tratada como prioridade estratégica da gestão. O sindicato investiu R$ 373.555,63 no movimento paredista, valor que corresponde a 9,72% da receita anual. Esses recursos foram utilizados para garantir transporte, hospedagem, alimentação, produção de materiais, mobilizações e a sustentação da participação da entidade no Comando Nacional de Greve da FASUBRA, em Brasília.


Durante a apresentação, Bernarda destacou que, embora o SINTUFF tenha contribuído mensalmente com o fundo de greve da federação, a FASUBRA não garantiu toda a estrutura devida para participação das entidades de base nas atividades nacionais de greve. “Pagamos o fundo e ainda assim tivemos que garantir toda a infraestrutura por conta própria. Isso onera sindicatos como o nosso e dificulta a mobilização nacional”, apontou, mencionando ainda a ausência de prestação de contas do uso desses recursos por parte da federação.


Outro ponto sublinhado foi a decisão política da coordenação de não repassar os custos da greve à base. Ao contrário de outras entidades, o SINTUFF optou por não cobrar qualquer contribuição adicional dos(as) sindicalizados(as), mesmo com o alto custo do movimento. A coordenadora ressaltou que a greve foi um investimento necessário, diante do congelamento salarial que perdurava por mais de sete anos. “Seria incoerente cobrarmos dos companheiros e companheiras no momento em que mais precisávamos unir forças para lutar por reajuste e valorização”, afirmou.


Além dos custos da greve, o sindicato enfrentou ainda um impacto financeiro decorrente da multa judicial imposta pela reitoria da UFF em função da histórica luta contra a implantação da EBSERH, em 2016. O valor atualizado da multa ultrapassa os R$ 380 mil, e o SINTUFF vem realizando depósitos judiciais mensais — no valor de R$ 6.271,62 — utilizando, para isso, parte dos rendimentos de seu fundo de reserva.


Durante a assembleia, foi denunciado que, embora a mobilização contra a EBSERH tenha sido construída coletivamente por diversas entidades da universidade, a reitoria ajuizou ação apenas contra o SINTUFF. Esse fato foi apontado como parte de uma política sistemática de criminalização e judicialização da atividade sindical, empregada pela administração central da UFF nos últimos anos com o objetivo de estrangular financeiramente o sindicato. A multa, classificada como persecutória por participantes da assembleia, simboliza esse esforço institucional em minar a autonomia e a capacidade de mobilização da entidade.


Esse esforço financeiro resultou em um déficit de R$ 494.224,70 no fechamento do exercício, valor equivalente a 12,86% da receita anual. No entanto, a coordenação considerou o déficit controlado e justificável, salientando que o sindicato encerrou o ano com mais de R$ 1,1 milhão em saldo disponível, fruto de reservas e aplicações. Naturalmente, o resultado financeiro da greve em favor da categoria também resulta no aumento da contribuições individuais dos(as) filiados(as), o que repercute positivamente nas finanças do ano seguinte (2025).


Após as falas do plenário e respostas das coordenadoras acerca de questionamentos pontuais, a assembleia votou a Prestação de Contas, que foi aprovada sem votos contrários ou abstenções.


A Assembleia reforçou a confiança da categoria na condução financeira do SINTUFF, que demonstrou, mais uma vez, que é possível manter responsabilidade orçamentária sem abdicar da combatividade sindical.


Toda a movimentação financeira e os balancetes mensais do SINTUFF em 2024 e nos exercícios anteriores estão disponíveis em https://www.sintuff.org.br/balancetes

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