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  • Foto do escritorSINTUFF

Encontro em Florianópolis cobra mobilização da FASUBRA frente a ataques do governo


Sindicatos e ativistas da base da FASUBRA estiveram reunidos em Florianópolis nos dias 23 e 24/11 no Encontro Sindical “Juntos Somos mais Fortes” para debater os rumos da Federação e a necessidade de ampliar a capacidade de mobilização da categoria em âmbito nacional, dos servidores públicos e da classe trabalhadora de forma geral para enfrentar as medidas do governo Bolsonaro. A atividade reuniu ativistas sindicais de diversas universidades do país e seis servidores representaram o SINTUFF na atividade.

A Reforma da Previdência foi aprovada no último semestre sem que houvesse atos unificados convocados pelas centrais sindicais nos dias das votações. Agora o governo avança com o Pacote Mais Brasil e a Reforma Administrativa, medidas nas quais os servidores públicos são alvo direto. O Encontro em Florianópolis surge nesse contexto, de necessidade de impulsionar as lutas nas ruas e nas bases para barrar os novos ataques que estão em curso. Confira o texto do manifesto.

Manifesto de Florianópolis: Romper o imobilismo! Mobilizar as bases para derrotar Bolsonaro já!

Os ataques contra a classe trabalhadora são duríssimos. A reforma da previdência, os cortes orçamentários nas áreas sociais, a recente proposta da carteira de trabalho verde e amarela são exemplos de medidas que tentam estabelecer um novo patamar de exploração em nossa classe para restabelecer a taxa de lucro da burguesia. O serviço público e, em especial, as Universidades, foram eleitas pelo governo Bolsonaro-Mourão como alvo prioritário. Prova disso são os sucessivos cortes orçamentários, intervenções na escolha de reitor, as tentativas de denunciar servidores que “incentivam protestos” e o projeto FUTURE-SE, que aprofunda a privatização da gestão das Universidades Federais. Essas medidas acompanham uma forte campanha ideológica que tenta construir um imaginário contra a Universidade e o serviço público e jogar a opinião pública contra seus trabalhadores. Percebemos que em várias Universidades há processos de luta explodindo em torno de pontos comuns: ponto eletrônico, jornada de trabalho, intervenção na escolha de reitor, adicionais de insalubridade, reposicionamento de aposentados, demissões de terceirizados e fundacionalistas e piora das condições de trabalho com os cortes.

Foi nesse contexto que reuniram-se no SINTUFSC, em Florianópolis-SC, nos dias 23 e 24 de novembro de 2019, servidores técnico-administrativos em educação de 11 universidades brasileiras para debater os rumos da FASUBRA perante os desafios colocados nessa conjuntura.

Entendemos que a atual direção majoritária da FASUBRA soma erros políticos graves. O primeiro foi a negativa de construir uma greve unificada da educação esse ano contra os cortes e os projetos de privatização do governo. Segundo, no momento em que estourou uma importante luta dos estudantes e fortes mobilizações dos técnicos e docentes na UFSC, a majoritária perdeu a chance de nacionalizar esta mobilização.

Esses fatos evidenciam que a direção majoritária se negou e se nega a fortalecer iniciativas de unificação e mobilização das bases na luta contra o governo Bolsonaro-Mourão. Na contramão da direção majoritária, a base da categoria participou de importantes lutas como a grande movimentação do 8M, os Tsunamis da Educação e a greve geral que realizamos em junho. São apenas alguns exemplos que indicam que existe sim ânimo e disposição de luta.

O motivo desses erros é a linha política majoritária que hoje orienta nossa federação. Essa linha prioriza a intervenção junto ao parlamento e elegeu a campanha pela liberdade de Lula como centro da atuação da Federação. E não se trata de uma opção isolada. As grandes centrais sindicais, à exceção da CSP-Conlutas, também não construíram nenhum grande calendário nacional de lutas, chegando ao absurdo de não realizaram atos nos dias da votação da reforma da previdência e facilitando a aprovação do projeto.

Reafirmamos coletivamente o compromisso com a ação direta como ferramenta prioritária de luta, bem como a necessidade de articular com demais setores organizados de servidores públicos e das demais categorias da classe trabalhadora, apontando a construção de um calendário unificado de lutas contra a Reforma Administrativa, a MP 905, PECs 186, 187 e 188 e demais ataques do governo e da burguesia. A FASUBRA pode e deve cumprir o papel de ser um ponto de apoio para as mobilizações que ocorrem nos locais de trabalho, dando a elas um caráter nacional. Nesse momento, no entanto, ela não está dando conta disso e boicotando as iniciativas que tentam cumprir esse papel.

É por isso que as entidades, oposições e ativistas reunidas em Florianópolis nesse fim de semana afirmam o compromisso com a construção de um movimento sindical combativo, com independência de classe na FASUBRA e em suas bases. Desde já, fazemos um chamado a FASUBRA e suas bases a se incorporar no Dia Nacional de Lutas 05 de dezembro. Chamamos os ativistas de outras bases, entidades e oposições a participarem de um próximo encontro que realizaremos em março de 2020 em São Paulo para continuarmos na construção de movimento de luta construído pela base, combativo e livre.

Florianópolis, 24 de novembro de 2019

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