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  • Foto do escritorSINTUFF

XXIII CONFASUBRA é marcado por surgimento de um polo alternativo


Realizado em Poços de Caldas entre 6 e 11 de maio, o XXIII Congresso da FASUBRA foi marcado por debates intensos e o surgimento de um novo polo alternativo aos setores majoritários que dirigem a federação. Apoiada pela ampla maioria dos delegados eleitos pelo SINTUFF, a Chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base (composta pelas teses Manifeste-se por uma FASUBRA, Democrática, Transparente, Classista e Combativa; Pensamento Sindical Livre; e Frente Base) obteve a terceira colocação entre cinco chapas, expressando um significativo crescimento. Com 15% dos votos, este crescimento foi reflexo da rebelião de base da última greve, quando mais de 30 universidades se contrapuseram à orientação da direção da FASUBRA que desmontava o movimento grevista.

Campanha salarial não avança no CONFASUBRA

A tese FASUBRA, Democrática, Transparente, Classista e Combativa deu batalha durante todo o congresso por um plano de lutas, nas diversas falas e mesas, mas lamentavelmente o eixo da defesa de Lula prevaleceu. A maioria das teses não aprofundou a necessidade da campanha salarial e nem propôs greve. Infelizmente, somente a chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base propôs e defendeu a deflagração da greve em junho. O Congresso perdeu uma oportunidade importantíssima de mobilizar a categoria.

A proposta de paralisação no dia 23/5 unificada com as demais categorias do serviço público, data deliberada no FONASEFE como Dia Nacional de Lutas e Paralisações, foi aprovada pela maioria dos delegados, a despeito da defesa contrária da CUT e CTB. Essa foi uma proposta feita também pelas teses que compuseram a chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base. Essa votação comprova mais uma vez que a política de pactuar com CUT/CTB está equivocada e que os setores combativos da federação se fortalecem quando unem forças para confrontar a política de traição e desmonte das lutas protagonizadas por esses setores. Outra vitória política importante foi a definição de um seminário sobre as 30 horas semanais, a ser realizado na véspera da próxima plenária da FASUBRA. O Congresso também reafirmou a posição da categoria pela revogação da EBSERH, uma das grandes batalhas dadas pela tese Manifeste-se por uma FASUBRA, Democrática, Transparente, Classista e Combativa conjuntamente com Pensamento Sindical Livre e Frente Base.

Adesão à defesa de Lula enfraqueceu esquerda na FASUBRA

Os setores majoritários da FASUBRA (Sonhar e Lutar e CUT/CTB) insistem em concentrar as forças da federação na defesa de Lula contra sua prisão, aprovando a formação de comitês nesse sentido, em detrimento da construção da campanha salarial e das demandas da categoria. Se por um lado expressaram total desânimo e ceticismo em construir a greve, a luta por reajuste e as pautas como 30 horas, extinção da EBSERH e reposicionamento dos aposentados; por outro lado demonstraram um grande entusiasmo pela campanha “Lula Livre”.

Apesar desta posição ter sido majoritária no plenário, houve grande rebelião na ala esquerda da federação. Uma grande parte dos delegados do coletivo Sonhar e Lutar e até mesmo alguns da CUT/CTB votaram contrariamente à resolução de defesa de Lula.

Chapa reúne polo combativo no CONFASUBRA

A ampla maioria dos delegados do SINTUFF apoiava a tese Manifeste-se por uma FASUBRA, Democrática, Transparente, Classista e Combativa. Ao longo do Congresso esta tese foi angariando apoio de delegados de diversas universidades, que demonstravam descontentamento com a política dos setores majoritários. A tese fez um chamado aos coletivos Frente Base e Pensamento Sindical Livre para a construção de uma chapa unitária que representasse um novo polo na Federação, o que se materializou no surgimento da chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base. Com adesão de delegados que apoiavam inicialmente outras teses, a votação da chapa cresceu, obtendo 160 votos e alcançando o terceiro lugar. Essa votação garantiu a presença da chapa na Coordenação de Administração e Finanças, a segunda mais importante da federação, cuja indicação será da tese Manifeste-se por uma FASUBRA, Democrática, Transparente, Classista e Combativa. Ao todo a chapa elegeu 4 coordenadores da federação, compondo ainda as coordenações de comunicação, organização sindical e estaduais. Da direção do SINTUFF, dois companheiros participarão da gestão, Carlos Abreu como titular da pasta de estaduais e Sadi Herculano como suplente da pasta de administração e finanças.

O enfraquecimento dos setores majoritários da FASUBRA se expressou também na fragmentação da eleição da nova coordenação. Ao todo foram cinco chapas concorrentes, fato incomum na federação. No congresso anterior, em 2015, formaram-se apenas duas chapas, com o triunfo da chapa unitária dos setores que compunham a ala esquerda da Federação. As expectativas de mudança dos rumos da Federação foram frustradas. A então direção majoritária, liderada pelo coletivo Sonhar e Lutar, repetiu os erros das antigas direções, especialmente nas últimas greves, atuando pelo seu desmonte. Não houve avanços da federação nas pautas pela jornada de 30 horas, pela revogação da EBSERH e pelo reposicionamento dos aposentados. Na prática, formaram um pacto de consenso com CUT e CTB que fortaleceu esses setores mais recuados da federação. O resultado dessa política equivocada foi que esses setores retomaram a maioria da federação.

O novo polo nascido nesse Congresso disputará em casa assembleia para que a paralisia da FASUBRA seja rompida por uma nova rebelião das bases, que garanta a campanha salarial e a luta pelas pautas da categoria.

Cota de mulheres não foi contemplada pela maioria das chapas

Uma das pautas fortes do Congresso foi a luta das mulheres, que fizeram valer suas presenças nos espaços, às vezes a despeito da programação. Fruto de intensos debates, uma das resoluções foi a cota de 50% de mulheres na coordenação da FASUBRA. Lamentavelmente, a maioria das chapas não cumpriu a resolução e as mulheres são minoria na nova coordenação. Nenhuma mulher foi indicada para a Coordenação Geral. Destoando desta lógica machista, a chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base indicou 3 mulheres para as 4 vagas que ocupa na coordenação.

Resultado eleitoral do XXIII CONFASUBRA

Chapa Sonhar e Lutar: 369 votos (9 coordenadores) Chapa Unir (CUT): 334 votos (8 coordenadores) Chapa FASUBRA Combativa, Livre e pela Base: 160 votos (4 coordenadores) Chapa CTB: 157 (4 coordenadores) Chapa Ressignificar (CUT): 85 votos (2 coordenadores)

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