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  • Foto do escritorSINTUFF

III Congresso da CSP-CONLUTAS aprova organizar paralisações e mobilizações dia 10/11


Durante os dias 12, 13, 14 e 15 aconteceu o III Congresso da CSP-CONLUTAS, em Sumaré, cidade do interior de São Paulo. O evento registrou a presença de 2664 participantes, dentre os quais 1953 delegadas e delegados, 264 observadoras e observadores, 24 convidadas e convidados, 113 representantes de delegações internacionais, 205 profissionais de apoio, de imprensa e expositores. Ainda foram recebidas 105 crianças na chamada Conlutinhas, serviço de recreação assegurado para facilitar a participação de pais, mães e responsáveis. De acordo com os dados informados no Congresso, 80% dos delegados eleitos corresponderam ao movimento sindical urbano, enquanto cerca de 20% eram representantes dos movimentos populares, sociais, estudantis e de combate às opressões. Os sindicatos rurais contaram com 51 delegados. Na manhã da quinta-feira, 12/10, a abertura do Congresso resgatou o papel cumprido pela CSP-CONLUTAS no último período. Delegadas e delegados de entidades e de movimentos da cidade e do campo compuseram uma mesa com representantes da central sindical francesa Solidaires, da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, da CGTB, da Intersindical, da Pastoral Operária, do PCB, do PSOL e do PSTU. Membros da Secretaria da Executiva Nacional (SEN) da CSP-CONLUTAS expuseram suas perspectivas para os desafios a serem enfrentados no próximo período. Após a exposição da SEM, o plenário aprovou o Regimento Interno do Congresso. Pela tarde, foram apresentadas 16 contribuições globais de entidades e grupos de delegadas e delegados. Os textos abordaram a análise da conjuntura internacional e nacional, pelo balanço do último período da Central, plano de ação, entre outros temas. Uma delegação internacional, formada por 130 ativistas de 18 países que participaram do Congresso, abriu o evento no segundo dia, 13/10. Parte desta delegação veio para participar também do I Encontro da Classe Trabalhadora das Américas, realizado nos dias 16 e 17 de outubro, em São Paulo. Pela tarde, foi realizada uma mesa sobre os 100 anos da Revolução Russa, com Martín Hernández, dirigente da LIT-QI, Wanderson de Melo, docente da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da base do ANDES-SN, Kevin Murphy, professor da Universidade de Massachusetts, e Valério Arcary, historiador e docente aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Houve saudações expostas em vídeo, como a da escritora norte-americana Wendy Goldman e de Esteban Volkov, neto de Leon Trotsky, um dos líderes da revolução. A abertura do terceiro dia, sábado 14/10, se iniciou com o painel “11 anos da CSP-CONLUTAS e os desafios para o fortalecimento da central na construção de uma alternativa classista, sindical e popular”. Representantes dos diferentes agrupamentos sindicais que compõem a CSP-CONLUTAS expuseram suas visões diferentes do papel da central, dos erros, acertos, perspectivas e desafios da organização. Houve unanimidade em destacar o acerto da fundação da CSP-CONLUTAS como um organismo independente do governo e dos patrões e que une classe trabalhadora e movimentos populares. Este dia foi dedicado à votação das resoluções sobre a situação internacional e nacional e o Plano de Ação. Foram apresentadas pelas entidades e grupos de delegados mais de 100 resoluções. Foram cerca de 30 defesas sobre os temas, que expressaram os debates realizados.

A resolução aprovada sobre situação internacional apontava que o imperialismo aumentou a ofensiva desde a crise mundial para garantir a retomada de sua taxa de lucros, atacando a classe trabalhadora, mas que não significa que cresça uma “onda reacionária”, visto que o capitalismo vem encontrando uma forte resistência dos trabalhadores em todo o mundo, resultando uma forte polarização social. No ponto sobre a Venezuela, a resolução aprovada defende que a CSP-CONLUTAS se posicione contra o governo Nicolás Maduro, a direita organizada na MUD e o imperialismo, responsáveis pelos ataques e pela miséria impostos ao povo venezuelano. Ficou definido também que é preciso lutar pela construção de um campo independente, dos trabalhadores e sua auto-organização contra a fome, o desemprego, a violência e pelas reivindicações do povo e soberania deste país. Nas resoluções acerca da conjuntura nacional houve debate sobre a situação da correlação de forças entre a burguesia e os trabalhadores e como avançar na unidade para derrotar os ataques. A proposta aprovada pela maioria sustenta que a situação no país é de forte polarização social e que há disposição na classe trabalhadora para lutar, como demostraram as fortes mobilizações ocorridas este ano. Segundo a resolução, o recuo das direções das maiores centrais sindicais na construção da Greve no dia 30 de junho desmobilizou a luta impedindo um avanço das mobilizações. Buscar a unidade de ação para lutar e a definição que a CSP-CONLUTAS não participará de iniciativas que representam projetos de conciliação de classes e de apoio ao PT/Lula, como ocorre com a plataforma de debate “Vamos”. Sobre o Plano de Ação foram aprovadas a resolução apresentada que definiram que a tarefa imediata da Central no próximo período é impulsionar e fortalecer a construção do dia 10/11 – Dia Nacional de Paralisações e Greves, e lutar para a realização de uma nova Greve Geral no país. O calendário de lutas inclui também as datas de mobilização 19/10, dia de luta em defesa da educação e 27/10, dia de luta em defesa do serviço público.

Foi aprovado ainda que a próxima reunião da Coordenação Nacional da CSP-CONLUTAS discutirá as campanhas de apoio das diversas lutas em curso no país. A plenária final aconteceu no domingo, 16, e encerrou com votações das propostas de resoluções sobre Balanço e Reorganização, Estatuto e Estrutura sindical. A resolução aprovada sobre Balanço e Reorganização reivindica o acerto na construção da Central e as lutas ao longo de sua história. Foram aprovadas outras resoluções como a garantia de paridade na participação de mulheres na Secretaria Executiva Nacional da Central, o posicionamento contra o Imposto Sindical e em defesa do modelo autossustentável da luta dos trabalhadores, sem intervenção do Estado. Aprovaram-se diversas moções de apoio a lutas, greves, repúdio às perseguições. Os relatórios e propostas de resoluções discutidas nos setoriais serão debatidos na primeira reunião da Coordenação Nacional da CSP-CONLUTAS. O congresso se encerrou com a tarefa imediata de construir um forte dia de luta em 10/11 para parar o país contra o governo Temer e suas reformas. Dentre as várias delegações presentes neste congresso se destacou a delegação integrada por 40 dirigentes sindicais, cipeiros e delegados sindicais, além de 17 observadores metalúrgicos da região de São José dos Campos representando 20 fábricas de São José dos Campos, Caçapava e Jacareí. Também teve destaque a delegação dos trabalhadores dos Correios que participaram recentemente de uma importante greve. O ANDES-SN participou com uma delegação composta por 101 docentes de diversos estados do Brasil, entre delegados e observadores. A delegação do SINTUFF participou com observadores acompanhando todos os painéis, plenárias e grupos de discussão.

Fotos: Divulgação

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