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SINTUFF orienta a categoria a não preencher formulário e nem entregar plano de trabalho


A reitoria da UFF, desde sua posse, tem um comportamento profundamente agressivo contra o segmento técnico-administrativo, descumprindo flagrantemente promessas de campanha, agindo de forma contínua contra os interesses dos servidores e optando sempre pelo caminho que for mais prejudicial à categoria. Além disso, a gestão da UFF se comporta como soldado, buscando cumprir à risca toda orientação ou instrução do governo federal, em um momento em que outras esferas e poderes têm ignorado ou passado por cima das decisões levianas de um governo formado por lunáticos, negacionistas da ciência e inimigos das liberdades democráticas.

O governo está hoje em uma cruzada para reduzir custos atacando direitos e benefícios dos servidores públicos, enquanto abastece bancos e os aliados do corrupto “centrão” de recursos. Nos preocupa a postura da reitoria em fazer um grande mapa do trabalho remoto, que nos parece uma tentativa de abastecer o governo de informações para facilitar estes cortes.

Os trabalhadores da UFF estão fora do ambiente de trabalho, muitos impossibilitados de realizar parcialmente ou na totalidade suas funções, em virtude uma pandemia. Se por um lado o trabalho remoto é uma possibilidade para manter vivo o funcionamento da universidade, por outro não é necessário justificá-lo, já que a obrigatoriedade do isolamento social por si só já explica o motivo dos servidores públicos estarem em suas casas.

Apesar de conter algumas questões que parecem pertinentes e positivas, manifestamos total e absoluta desconfiança sobre quais são os objetivos da reitoria em obrigar os técnico-administrativos a preencher um formulário semanalmente sobre suas atividades. O SINTUFF orienta que os técnico-administrativos não preencham o formulário, aguardando que a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE) se reúna com o sindicato e explique qual é a real finalidade deste questionário. As recentes convocações do setor de Perícia para serviço presencial, de forma extraoficial e sem justificativa prévia e plausível, e todo histórico da reitoria reforçam nossa desconfiança com cada ato inexplicado dessa gestão.

O SINTUFF exige que o preenchimento do formulário esteja expressamente desvinculado, através do Boletim de Serviço ou dos meios oficiais da universidade, de qualquer uso destes dados para informação do governo federal, assim como para qualquer modificação ou ajustes nos contracheques dos servidores.

Da mesma forma, o sindicato orienta que a categoria siga a mesma recomendação dada pela ADUFF aos docentes, de não preenchimento dos planos de trabalho, reforçando que o trabalho remoto não é um privilégio e a quarentena é uma imposição da crise sanitária do país. É absolutamente arbitrário os servidores terem que justificar o motivo de estarem em casa. Frisamos que o trabalho remoto está hierarquicamente submisso às possibilidades do servidor executar ou não o serviço em casa, e não o inverso. Os planos de trabalho devem ser organizados pelas chefias, conforme as reais possibilidades de cada trabalhador e é a mesma que deve fazer seus relatórios às direções de unidade, pró-reitorias e assim por diante, até a administração central. Não há nenhuma razão plausível para um servidor fazer plano de trabalho, tendo em vista que a depender do serviço e das condições de trabalho pode até mesmo ser inviável trabalhar de casa, tornando esse plano inviável de ser preenchido. Os planos e relatórios de trabalho da universidade não devem ser de forma alguma individualizados.

O preenchimento individual desses planos pode incorrer em diversas armadilhas, podendo ser usados como justificativas para ataques à remuneração e a benefícios, devido à impossibilidade parcial ou total dos técnico-administrativos executarem seus serviços remotamente. Sobre a indicação de se retire da universidade equipamentos necessários ao trabalho, o sindicato entende ser temeroso que o servidor se responsabilize em sua casa pela conservação do bem público, tendo em vista que as condições de preservação dos mesmos em residência não são as mesma que no setor de trabalho. Além disso, a cidade de Niterói, sede da UFF, está em lockdown, o que torna ainda mais absurda e abstrata a ideia de se locomover até a universidade para retirar equipamentos.

Os técnico-administrativos não são obrigados a dispor de equipamentos e materiais para execução de suas funções, assim como não são obrigados a cumprir nada que seja inviável ou complexo de se executar de casa. Da mesma forma, as condições de trabalho em casa, junto a familiares, idosos e crianças, num ambiente de pandemia não é a mesma dos dias comuns, portanto qualquer plano de trabalho obrigatoriamente deve estar condicionado às possibilidades ou não operacionais e pessoais do servidor executá-lo de casa. Além disso, o trabalho deve ficar restrito ao que for estritamente essencial, sem invenção de demandas infinitas para “justificar” o que não precisa ser justificado. Os servidores estão em casa porque existe uma pandemia que já levou à morte mais de 10 mil pessoas no Brasil e não por uma opção. Basta de negacionismo, ficar em casa não é privilégio, é necessidade. Proteja-se do assédio moral institucionalizado. Não preencha o formulário e nem o plano de trabalho.

Participe da Assembleia Geral do SINTUFF remotamente, que ocorrerá na quinta-feira (21/5) às 15 horas, através do aplicativo Jitsi Meet. Baixe o aplicativo na Play Store (Android) ou Aple Store (IOS). Para os usuários de PC ou Notebook não é necessário baixar aplicativo, basta executar o link pelo navegador.

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