Bolsonaro é o principal responsável pela crise social, econômica e sanitária que atravessa o país. O cenário trágico é formado por mais de 600 mil mortes pela Covid, aumento do dólar, inflação galopante, pessoas em situação de miséria recorrendo a restos de ossos e carne para sobreviver, desmonte dos serviços públicos e privatizações.
O governo de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão é marcado pela corrupção e por inúmeras ações criminosas durante a pandemia, conforme comprovou a CPI da Covid. O relatório final da CPI pedirá aos órgãos públicos o indiciamento do presidente da República por nove crimes: crime de epidemia com resultado de morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; charlatanismo; prevaricação; crime contra a humanidade; e crime de responsabilidade.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uso de suas atribuições no ministério para ampliar seu patrimônio em um paraíso fiscal nas Ilhas Virgens, angariando milhões de reais com a variação do dólar. Essas movimentações enriqueceram também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No dia 7 de setembro, Bolsonaro tentou uma recuperação diante da crise em que mergulhou seu governo. Apesar de mover milhares de pessoas, o governo não foi capaz de reduzir sua crise. Ao contrário, de lá para cá a base bolsonarista esfriou, a crise social piorou, a queda de popularidade de Bolsonaro está mais acentuada e o presidente continua mal cotado nas pesquisas para vencer as próximas eleições. A classe trabalhadora mostra fortes sinais de esgotamento diante de discussões lunáticas sobre urnas eletrônicas e teorias conspiratórias sobre as vacinas, enquanto a fome, a miséria, a perda de direitos e o desemprego assombram suas vidas.
Governadores e prefeitos seguem os passos de Bolsonaro
No embalo da pandemia e dos ataques orquestrados pelo governo Bolsonaro e o Congresso Nacional, governadores e prefeitos também avançam contra os direitos da classe trabalhadora e da população de maneira geral. No Rio de Janeiro, o governador Claudio Castro (PL) aprovou na Assembleia Legislativa (ALERJ) um “pacote de maldades” (5/10), com apoio efusivo do presidente da casa, André Ceciliano (PT). O conjuntuo de medidas infere em uma reforma previdenciária e na criação de um teto de gastos, que limitará investimentos nos serviços públicos. O pacote aumenta a idade mínima para a aposentadoria dos servidores estaduais e extingue os triênios para os futuros servidores. Foram também proibidos novos concursos para áreas essenciais como assistência social e meio ambiente.
Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) aprovou uma reforma administrativa sob fortes protestos de rua dos servidores. A medida retira direitos do funcionalismo, como a licença-prêmio, o abono das faltas, o reajuste anual de insalubridade e ataca o direito de greve.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pretende aumentar a idade para aposentadoria, dividir e esvaziar o fundo de previdência municipal, abrindo caminho para o aumento da contribuição da previdência e à taxação dos inativos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), apresentou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 04/21, que utiliza o Regime de Recuperação Fiscal do governo federal com a finalidade de restringir os direitos do funcionalismo e limitar investimentos no serviço público.
Esses fatos demonstram que em âmbito federal, estadual e municipal, a luta contra a reforma administrativa é uma só. São circunstâncias que intensificam a importância da unidade dos servidores públicos de todas as esferas para enfrentar as medidas de Bolsonaro, governadores e prefeitos.
É possível e necessário derrotar Bolsonaro nas ruas
É preciso tomar as ruas para derrotar Bolsonaro, derrubar a Reforma Administrativa, a retirada de direitos e a privatização dos Correios. As centrais sindicais, federações e sindicatos do serviço público precisam construir e fortalecer a mobilização do dia 28/10 com toda sua potencialidade. O SINTUFF novamente estará nas ruas e convoca toda a categoria a participar do ato que será 16 horas, na Candelária.
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