É assustadora a enxurrada de inaugurações de obras e anúncios de medidas, especialmente envolvendo o segmento técnico-administrativo, às vésperas da eleição para reitor.
A reitoria inaugura obras não finalizadas, como o novo prédio do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS), enquanto inúmeros prédios e o Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) acumulam problemas graves de infraestrutura. Elevadores estão parados ou em péssimo funcionamento, sem a devida manutenção, em diversos blocos. Há prédios com rachaduras. Estudantes denunciam graves problemas de infraestrutura e funcionamento da Moradia Estudantil e o atraso das bolsas.
Subitamente, a poucos dias da eleição, se multiplicam os comunicados da reitoria. Antonio Claudio tenta correr atrás do que não fez ao longo de todo seu mandato. Em meio ao atraso das bolsas, a reitoria anunciou mil bolsas e auxílio, no dia anterior ao primeiro turno. Programa de gestão, teletrabalho, presença da perícia médica no HUAP... Tudo que era possível ter sido feito muito antes acontece repentinamente no período eleitoral.
Como confiar numa reitoria que já descumpriu promessas de campanha em 2018 e virou uma metralhadora de políticas pré-eleitorais em 2022? A óbvia falta de planejamento das medidas adotadas para atender os interesses eleitorais de Antonio Claudio e Fabio Passos só pode resultar em uma coisa após a votação: estelionato eleitoral.
Orientamos a categoria a repudiar esse método antiético de fazer campanha e a rechaçar a avalanche de anúncios eleitoreiros que, passada a votação, vão virar pó, como ocorreu com as 30 horas em 2018. Em meio à crise financeira causada pelo governo federal, toda essa politicagem em período eleitoral não tem futuro. O SINTUFF alerta que não existe qualquer intenção real da atual reitoria, para além do interesse eleitoreiro imediato, em dar continuidade a políticas sociais e trabalhistas na UFF.
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