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Foto do escritorSINTUFF

Nota de repúdio ao “AEDA da fome” na UERJ e à repressão contra os estudantes

Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) estão mobilizados pela revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) 038/Reitoria/2024, apelidado de “AEDA da fome”. Implantado pela reitoria da UERJ no final de julho, durante o recesso acadêmico, o AEDA impõe graves cortes nas bolsas para estudantes em vulnerabilidade social, assim como limita o Auxílio-Alimentação a discentes que estudem em campi nos quais não há Restaurante Universitário. A medida ainda fomenta entraves burocráticos que dificultam a comprovação de renda de um universo expressivo de estudantes da UERJ. Diante desses absurdos que colocam em risco a permanência na universidade, estudantes ocuparam a reitoria da UERJ, no Campus Maracanã, e mais dois campi, pela extinção dessa medida que regride nos direitos dos estudantes.


A mobilização estudantil perante a essa agressão covarde ao direito à permanência é uma ação legítima e democrática. A garantia de assistência estudantil, direcionada centralmente à permanência estudantes em situação de vulnerabilidade, é inegociável e merece uma resposta contundente. A reação violenta por parte da reitoria, com agressões abomináveis a estudantes promovidas pela empresa de segurança contratada pela UERJ, é motivo de repúdio absoluto. A reitoria da UERJ tenta ainda criminalizar estudantes ao classificar a ocupação estudantil como “sequestro”. Sequestro é o que a reitoria da UERJ e governo Claudio Castro estão fazendo com as políticas de permanência estudantil, colocando a continuidade dos estudos de milhares de estudantes sob risco.


Além da violência contra os(as) estudantes(as), acompanhada da tentativa de criminalização, a reitoria da UERJ, ao ver seu apoio minguar junto à comunidade universitária, atuou de forma antidemocrática para prolongar e inviabilizar qualquer votação sobre o tema da assistência estudantil no Conselho Universitário (CONSUNI) da instituição, realizado no último dia 20 de agosto.


A mesma UERJ, cuja reitoria alega não haver verba para programas de assistência, foi aparelhada pelo governo Claudio Castro há dois anos com folhas de pagamento secretas da universidade de contratados para projetos realizados com recursos de secretarias e órgãos do governo estadual, o escândalo de cabos eleitorais pagos com as verbas da educação.


O SINTUFF rechaça o “AEDA da fome”, se solidariza à mobilização estudantil e repudia as ações antidemocráticas e truculentas adotadas sob a gestão da reitora Gulnar Azevedo e Silva. Manifestamos nosso repúdio à reitoria da UERJ e ao governador Claudio Castro pelos ataques à educação e aos direito estudantis. Todo apoio à luta estudantil da UERJ.

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