
Fonte: CSP-Conlutas
Está virando rotina. A cada nova rodada de negociação da Campanha Salarial 2024 dos servidores públicos federais, o governo Lula vem com um novo episódio de desrespeito às categorias.
Há duas semanas, a equipe do Planalto já havia afirmado que discutiria o reajuste somente após a aprovação do Arcabouço Fiscal, o que ocorreu na terça-feira (22).
Nesta terça-feira (29), o Secretário de Relações do Trabalho José Lopes Feijó apresentou o índice absurdo que sequer chega a 1% de reajuste.
Segundo a proposta, o governo propõe reservar R$ 1,5 bilhão para o reajuste salarial da categoria no Orçamento da União para 2024, o que representaria um aumento irrisório de apenas 0,7%, um verdadeiro insulto aos milhares de servidores em todo o país. O texto deverá ser enviado para a aprovação no Congresso até a quinta (31).
Tal proposta é absurda se comparada até mesmo aos 9% conquistados pelos servidores em maio deste ano, que também ficou aquém do que era reivindicado, e uma agressão se levarmos em conta as perdas acumuladas pelo funcionalismo ao longo dos últimos anos que, em algumas categorias, ultrapassam os 30%.
A aprovação da lei do novo arcabouço fiscal do governo Lula é prejudicial à classe trabalhadora e aos serviços públicos no país, pois trata-se de um mecanismo para arrochar o Orçamento do país em detrimento do pagamento dos juros da Dívida Pública.
A equipe de negociação do governo sugeriu que um excedente de R$ 15 bilhões poderá ser incorporado no Orçamento, porém somente uma parte deste montante seria destinada à correção dos salários dos servidores.
No calendário da Mesa de Negociação Permanente, as reuniões temáticas terão início na próxima segunda-feira (8), com a discussão sobre Técnicos Administrativos em Educação.
Calendário de Lutas
A negociação desta terça serve de combustível para a luta que virá nos próximos dias. Na quarta-feira (30), ocorrerá um ato em frente à Câmara dos Deputados.
Já na próxima sexta-feira, as entidades que compõe o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (FONACATE) realizarão uma ampla reunião para a criação de uma jornada de lutas unificada. Entre as iniciativas que serão discutidas destacam-se uma plenária dos servidores e uma greve em âmbito nacional.
Novamente, fica claro que somente com independência de classe frente ao governo será possível defender os interesses dos trabalhadores. Vamos à luta!
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