Por CSP-Conlutas
As cenas são estarrecedoras. Pessoas carbonizadas, crianças decapitadas e dezenas de corpos amontoados. O domingo (26) foi marcado por mais um brutal massacre cometido por Israel contra a população civil da Faixa de Gaza.
Desta vez, o exército de ocupação bombardeou um local onde havia apenas tendas que abrigavam refugiados da cidade de Rafah, no sul do enclave. Até o momento, já foram contados 45 mortos e centenas de feridos.
A crueldade deste assassinato em massa é ainda pior quando se tem em conta que a área onde os palestinos foram mortos era indicada como “zona segura”, pelo próprio estado sionista de Israel.
O crime de guerra foi condenado por diversos países como Espanha, Irlanda, Noruega, Itália e a França, que faz parte do Conselho Permanente de Segurança da ONU. Organizações de direitos humanos em todo o mundo também exigem o cessar-fogo imediato na região.
A ação genocida ocorreu poucos dias após o Tribunal Penal Internacional receber de um de seus procuradores o pedido de mandado de prisão contra o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusado de crimes de guerra e contra a humanidade.
Já na sexta-feira (24), foi a vez da Corte Internacional de Justiça, ligada à ONU, exigir o fim das operações dos israelenses em Rafah, justamente para evitar as mortes de civis inocentes no local que abriga milhares de refugiados.
Israel pode classificar agência humanitária como terrorista
No domingo (26), ao mesmo tempo que os refugiados palestinos eram bombardeados em Rafah, a imprensa israelense noticiou que o parlamento daquele país poderá aprovar um projeto de lei que considera a agência da UNRWA (agência da ONU) uma organização terrorista.
Criada em 1949, a UNRWA é uma organização de ajuda humanitária que trabalha exclusivamente com os refugiados palestinos. Ela proporciona cuidados de saúde, serviços sociais e de educação.
No início de 2024, Israel pressionou países aliados para uma campanha de boicote contra a UNRWA, alegando que a agência teria funcionários que atuavam junto ao grupo palestino Hamas no dia 7 de outurbo de 2023.
Uma investigação independente foi então desenvolvida por uma comissão a pedido da ONU. O resultado dos trabalhos apontou que Israel não teria nenhuma prova de que membros da UNRWA tinham conexões com o grupo armado palestino.
Com os bloqueios à Gaza, a UNRWA cumpre um papel fundamental para que os moradores da região não morram de fome. Ela também tem oferecido abrigo à população em suas escolas. Estas também foram alvos de Israel em inúmeras ocasiões.
Parar o genocídio agora
A cada dia que passa, fica mais claro a ameaça que Israel representa para o povo palestino e toda região do Oriente Médio. Israel impõe há 76 anos uma ocupação racista e um violento regime de apartheid.
Por isso, mais do que discursos condenatórios, os governos têm de impor todo tipo de sanção ao estado genocida para pressionar pelo fim das agressões.
A política de BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) é importante para encurralar Israel e isolá-lo perante o mundo, por isso, é fundamental exigir que o governo de Lula rompa qualquer relação com esse estado agressor.
Basta de genocídio do povo palestino. Fortalecer a luta por uma Palestina livre, laica e democrática, do Rio ao Mar!
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