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Coronavírus: pela suspensão imediata de atividades regulares, ajustes de matrícula e biometria

O início das aulas na UFF foi adiado por uma semana devido à pandemia do novo coronavírus. Se espalham rumores de circulação de casos de infecção no Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), sem desmentido ou confirmação oficial por parte da reitoria e da gestão do hospital.

Apesar de adiar o começo das aulas, a reitoria da UFF inacreditavelmente manteve o funcionamento e atendimento normal aos estudantes, com ajustes de matrícula e intenso manuseio de documentos por técnico-administrativos e estudantes, assim como o fluxo de pessoas nos campi. Da mesma forma não há qualquer expressa movimentação da universidade no sentido de garantir álcool-gel, máscaras, entre outros materiais, que ajudem a minimizar os riscos de contaminação, ou qualquer outra orientação preventiva em caráter oficial.

Diante da pandemia, há um quadro de desorientação da UFF como um todo, assim como do HUAP, aparentemente bastante atrasado em relação a outras unidades hospitalares. Os técnico-administrativos do HUAP não estão recebendo qualquer orientação, em caráter oficial, e preparação específica para enfrentar o vírus e se prevenir frente à pandemia. Apesar do aumento dos riscos, os servidores do HUAP sofrem com a emissão de laudos insuficientes que lhes retiram seus adicionais pelos riscos ocupacionais. A reitoria e a empresa que gere o HUAP priorizam atacar direitos enquanto negligenciam a segurança dos trabalhadores.

Tanto a reitoria quanto a direção do HUAP seguem sem apresentar um plano efetivo de contenção, combate e prevenção ao coronavírus nos campi e no hospital. Enquanto a pandemia se espalhava, a reitoria concentrava suas forças em adulterar uma resolução do CUV para obrigar os técnico-administrativos a bater o ponto biométrico no dia da Greve Nacional da Educação. Nem se atentaram ao fato de que a biometria oferece um risco a mais de contaminação aos servidores, com centenas de servidores manuseando e compartilhando suas digitais nas mesmas máquinas. Dessa forma o ponto biométrico trata-se de um ponto contaminante. Além disso, uma significativa parcela dos servidores técnico-administrativos encontra-se na meia-idade, especialmente no HUAP, o que potencializa os riscos diante de um quadro de contaminação. As servidoras grávidas também são parte dos grupos que sofrem os maiores riscos e se faz necessária uma política para proteger essas trabalhadoras.

Diante desse quadro, exigimos a suspensão imediata das atividades regulares, dos ajustes de matrícula dos estudantes, com definição futura de uma nova data, assim como a suspensão urgente da biometria como forma de controle de ponto por tempo indeterminado, até que haja uma real redução dos casos. Exigimos ainda de uma definição de protocolos e compra de materiais de segurança (máscaras, luvas, álcool-gel, uniformes especiais, entre outros que se façam necessários), especialmente no que tange aos servidores do HUAP, que são os que sofrem o maior risco. E por fim, cobramos uma audiência urgente com o reitor, com a presença das três entidades representativas dos segmentos (ADUFF, DCE, SINTUFF).


Coordenação Executiva do SINTUFF



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