As câmaras especializadas do Conselho Universitário (CUV), de forma flagrantemente proposital, ignoraram proposta de resolução apresentada por conselheiros técnico-administrativos. A proposição versa sobre a distribuição do trabalho presencial e remoto para a nossa categoria. Desta forma, um conjunto de pautas secundárias e sem relevância maior para o cotidiano da universidade está na pauta do próximo Conselho, enquanto o tema da carga horária presencial dos técnico-administrativos foi covardemente jogado para escanteio.
Apesar de fingir ignorar a proposta apresentada por conselheiros técnico-administrativos, a reitoria logo a seguir divulgou a Instrução Normativa (IN) 19. A IN versa sobre "a reorganização dos horários de início e término da jornada de trabalho" dos servidores da UFF. Contudo, diferente do que ocorre com os docentes, aos técnico-administrativos segue indefinido qualquer critério que balize essa reorganização. Os docentes tiveram a distribuição de carga horária presencial e remota determinada por resolução do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPEx). Já os técnico-administrativos ficam a mercê do entendimento pessoal de suas chefias, sem qualquer parâmetro definido.
Além de tudo, na IN 19, a reitoria novamente trata de forma discriminatória os trabalhadores do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), ao submetê-los às normas estabelecidas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), tratando-os como se fossem cedidos para a empresa, coisa que oficialmente não são.
Os servidores técnico-administrativos não participam decorativamente dos conselhos superiores. O SINTUFF exige que a proposição sobre a carga horária presencial da categoria seja debatida e votada nos conselhos superiores, de forma isonômica ao que ocorreu com os docentes.
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