Foto: Zulmair Rocha
Em revolta contra o covarde assassinato de Moïse Kabagambe, 24 anos, foi convocado um ato dia 5/2 para cobrar justiça para o jovem imigrante congolês e toda população negra que vem sendo massacrada cada dia mais. O protesto aconteceu em frente ao quiosque Tropicália, na altura do posto 8 da Barra da Tijuca.
A mobilização contou com cerca de 8 mil pessoas. Estavam presentes diversos sindicatos, centrais sindicais, movimentos estudantis e movimentos sociais diversos. De Niterói saíram 5 ônibus com companheiros e companheiras que foram se somar a este importante ato. Um destes ônibus foi financiado pelo SINTUFF que levou manifestantes da categoria e também do movimento estudantil. Os demais ônibus foram financiados pela Aduff e SEPE/Niterói.
A mobilização teve um tom de revolta e emoção muito fortes. A família de Moïse estava presente e Ivana Lay, mãe de Kabagambe, fez uma fala forte cobrando justiça e pelo fim do genocídio do povo negro.
Imagem: divulgação/ Prefeitura do Rio de Janeiro
A prefeitura do Rio anunciou que o quiosque Tropicália e o Biruta, que fica ao lado, serão transformados num memorial em homenagem a Moïse Kabagambe e à cultura congolesa e africana e que o gerenciamento de um deles será dado aos familiares do jovem. A ideia é que se empregue refugiados africanos nestes quiosques.
É mais do que urgente que se construa uma luta permanente de combate ao racismo na estrutura da nossa sociedade. O racismo rouba não apenas as condições e direitos de vida como tem ceifado as próprias vidas milhares de pessoas negras no nosso país, principalmente jovens negros como era Moïse. Não é mais possível achar que são casos isolados. Alguns dias após o assassinato de Kabagambe, no dia 2/1, Durval Teófilo Filho, 38 anos, foi morto dentro do condomínio em que morava em São Gonçalo, confundido com um ladrão pelo próprio vizinho, um sargento da marinha.
Basta de massacre ao povo negro! Contra a xenofobia! Por mais direitos e, principalmente, pelo direito à vida!
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