Técnico-administrativos, professores e estudantes das instituições federais de ensino do Rio de Janeiro protagonizaram, na manhã desta quarta-feira (5), um grande ato unificado, na Cidade Universitária da UFRJ. Centenas de manifestantes percorreram as vias do Fundão, ao redor do Hospital Universitário, e, após contornarem bloqueios policiais, fecharam pistas da Linha Vermelha.
Participaram do protesto manifestantes da UFRJ, da UFF, da UNIRIO, do Colégio Pedro II, do CEFET, da Rural, entre outras instituições, e entidades e movimentos como o ANDES-SN e a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. O SINTUFF marcou presença deslocando um numeroso contingente do Comando Local de Greve (CLG) para participar da manifestação.
Os manifestantes marcharam do Hospital Universitário até o pórtico da UFRJ, próximo à Prefeitura do Campus. De lá, seguiram pela Linha Vermelha, bloqueando gradualmente todas as vias no sentido da Ilha do Governador e, por alguns momentos, também o acesso à Baixada. Houve confrontos e empurra-empurra com a polícia, que tentou impedir o fechamento total da via utilizando spray de pimenta.
O protesto culminou em frente ao Hospital Universitário, o maior da América Latina, que está sob ameaça de privatização pela ESBERH. Manifestantes criticaram os impactos dessa medida sobre os trabalhadores terceirizados, as relações de trabalho e os ataques aos servidores estatutários.
A finalidade do ato foi dar visibilidade à greve junto à população, para pressionar que o governo negocie com as categorias a recomposição salarial após anos de perdas acumuladas, a reestruturação das carreiras e a recomposição do orçamento das instituições. Após a manifestação bem-sucedida, novos atos unificados estão sendo planejados. O próximo está agendado para terça-feira (11), dia da mesa de negociação da categoria técnico-administrativa com o governo, com concentração às 15h na Candelária.
Durante o evento, a coordenadora geral do SINTUFF, Alessandra Primo, fez um discurso contundente exigindo uma resposta concreta do governo Lula às reivindicações da greve. "É construir um grande dia de luta no próximo dia 11, é o dia da mesa de negociação com o governo. Vamos botar Lula contra a parede. Não vamos sair da linha de frente. Quem valorizou os banqueiros e o agronegócio, vai ter que valorizar sim a educação. Essa greve só acaba quando a educação for valorizada, quando o orçamento da educação pública for recomposto. Não vamos aceitar descaso com a educação, seja do Lula, seja do Congresso, seja de quem for", afirmou Alessandra.
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