29M denuncia desmonte da educação e responsabiliza o governo
- SINTUFF
- 30 de mai.
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Atualizado: há 9 horas

O Dia Nacional de Luta em Defesa do Orçamento da Educação Pública Federal reuniu trabalhadores(as) da educação e estudantes em uma manifestação nesta quinta-feira (29), no Centro do Rio, marcada pela crítica contundente ao subfinanciamento das instituições federais de ensino. A concentração na Igreja da Candelária e a caminhada até o Buraco do Lume expressaram a insatisfação generalizada com a política fiscal do governo Lula, que continua penalizando universidades e institutos federais.
O arcabouço fiscal — defendido e implementado pelo atual governo — tem produzido efeitos concretos: redução de verbas, precarização da estrutura universitária e inviabilização de projetos de ensino, pesquisa e extensão. A recomposição parcial anunciada nos últimos dias não altera o diagnóstico central: a educação pública segue sendo tratada como despesa secundária, enquanto os compromissos com o sistema financeiro permanecem intocados.
O SINTUFF esteve mais uma vez presente, levando às ruas a necessidade de manter a mobilização permanente. A reversão pontual de cortes anunciada pelo governo não é resultado de boa vontade, mas de pressão organizada. No ano passado, a greve de 113 dias dos(as) técnico-administrativos(as) em 2024 arrancou conquistas salariais e orçamentárias, juntamente a docentes e estudantes. A história recente prova que, sem luta, não há avanços.
O cenário atual exige mais que gestos paliativos. É preciso romper com a lógica de austeridade imposta por um governo que, apesar do verniz progressista, insiste em sacrificar políticas públicas essenciais para manter intocável o modelo de concentração de renda. A defesa do serviço público passa pelo cumprimento dos acordos de greve, pela revogação do arcabouço fiscal, pela taxação de grandes fortunas e pela ruptura com o pagamento da imoral dívida pública.
"Precisamos exigir o fim do arcabouço fiscal, que é o dinheiro destinado ao pagamento dos juros e da dívida pública desse país. Mas ainda companheiros, é preciso movimentar as nossas entidades nacionais por uma jornada de lutas e incorporar toda a educação pública por mais recursos para a saúde e educação, para nossas universidades e institutos federais. Por fim, é manter a nossa luta de defesa de 10% do PIB para a educação. Não podemos sair da rua enquanto o governo ataca nossas universidades e nossos institutos. Vamos à luta pessoal. A luta continua”, destacou Wagner Peres, representando a Coordenação do SINTUFF. (Fonte: SINTUFRJ)
O SINTUFF reafirma: defender a universidade é defender o direito da população a uma formação de qualidade, gratuita e socialmente referenciada. É também lutar contra jornadas extenuantes, como a escala 6x1, por condições dignas de trabalho e estudo, e pelo direito ao descanso e ao lazer.
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