O Rio de Janeiro protagonizou a maior manifestação da Greve Nacional contra os cortes na educação e em defesa da previdência social. Por volta de 300 mil pessoas se concentraram na Candelária e seguiram em passeata até a Central do Brasil. As ruas do Centro, o metrô e as barcas viveram um dia de movimentação frenética de pessoas que se direcionavam, aderiam ou se reuniam para a manifestação. Nem mesmo a chuva foi capaz de desanimar os manifestantes impedir a grandeza do ato.
Estudantes, professores, servidores públicos, trabalhadores das mais diferentes categorias, sindicalistas, movimentos sociais, transeuntes e parlamentares de oposição ao governo se fizeram presentes e formaram uma poderosa multidão que ocupou todas as pistas da imensa Avenida Presidente Vargas. Foi sem dúvida uma das maiores manifestações políticas da história da cidade do Rio de Janeiro, evidenciando o potencial de luta da juventude e da classe trabalhadora.
Antes do ato, houve protestos e atividades referentes à Greve Nacional da Educação em frente ao Palácio Guanabara, na Praça XV, na Praça Araribóia (Niterói), no Hospital Universitário Clementino Fraga (UFRJ). A Greve parou centenas de escola e praticamente todas as universidades e institutos federais de educação do Estado do Rio de Janeiro.
Concentração nas Barcas foi indício da grandeza do ato
Uma multidão se aglomerou na Praça Arariboia, onde fica a estação das Barcas em Nitéroi, desde as 13 horas. Os manifestantes se inflamaram com a chegada de uma grande coluna de estudantes de Odontologia da UFF, que denunciaram à população que os cortes ameaçam os 2.000 atendimentos odontológicos gratuitos prestados pela faculdade. Ao longo da tarde as embarcações foram uma a uma sendo lotadas por manifestantes que se dirigiam ao protesto no Centro do Rio de Janeiro.
O SINTUFF, com faixa, muitas bandeiras, camisas e adesivos formou uma grande coluna composta por servidores da universidade, à qual se somaram muitos estudantes, principalmente da UFF. O SINTUFF, já na expectativa da grandeza do protesto, viabilizou um drone que fez impressionantes imagens aéreas da manifestação.
A adesão da comunidade universitária da UFF à Greve Nacional da Educação foi absoluta, com completa adesão de servidores técnico-administrativos, docentes e estudantes.
Fotos: Zulmair Rocha