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Foto do escritorSINTUFF

Carta aberta: saiba os motivos da greve. Seja solidário à nossa luta!


  1. Os serviços públicos estão seriamente ameaçados, em todas as esferas, por governos corruptos, como os de Temer e Pezão. Enquanto favorecem banqueiros, o agronegócio, empreiteiras e outras grandes empresas com pagamento de títulos da dívida pública, isenções fiscais bilionárias e ilegalidades, estes governos cortam verbas da educação, da saúde e das demais áreas sociais, provocando uma realidade caótica nos serviços públicos. Tudo isso ao sabor de muita propina e compra de votos. Na hora de pagar a conta da crise, que eles mesmos geraram, atacam direitos dos servidores públicos e da classe trabalhadora de forma geral.

  2. No Rio de Janeiro, esta realidade já se abateu de forma catastrófica nas universidades estaduais. A UERJ está em vias de fechamento, com docentes e servidores com salários atrasados e sem condições de funcionamento. Várias UPAS e FAETECs fecharam as portas. Não foi nenhuma greve que causou isso, foi o governo. Essa realidade começa a se estender para as universidades federais, com atrasos nos pagamentos dos terceirizados, atrasos e cortes de bolsas e redução de orçamento para a pesquisa. Nas federais, as contas também não fecham e os reitores já anunciaram que no ritmo atual dos cortes as universidades podem ter que fechar as portas.

  3. Na UFF, muitos servidores sofrem com cortes do adicional de insalubridade e falta de condições e segurança no trabalho. O HUAP padece pela falta de concursos públicos. O reitor entregou o hospital nas mãos de uma empresa de direito privado (EBSERH). Dezenas de leitos foram fechados, aumentou a sobrecarga de trabalho e o HUAP vem cada vez mais perdendo seu caráter educacional. Nas unidades do Interior, há escassez de funcionários, também gerando sobrecarga.

  4. Temer impulsiona um grande pacote de medidas contra os servidores públicos, que inclui cancelamento de reajustes de diversas categorias, congelamento salarial, programa de demissões “voluntárias”, fim da estabilidade gerando assédio moral e perseguições, redução de jornada com redução de salários, aumento da contribuição previdenciária, reforma da previdência, entre outros ataques. Parte dessas medidas já estão em curso através de Medida Provisória.

  5. O pacote de medidas de Temer contra os servidores já está em andamento. Para resistir a essas medidas não é possível esperar outro momento para deflagrar greve. A greve é o mais eficiente instrumento de luta que a nossa categoria dispõe, ao contrário dos que dizem que “greve não serve pra nada” ou que “nunca adiantou”. O atual plano de carreira, o incentivo à qualificação, a jornada de 30 horas e os modestos reajustes salariais de nossa categoria dos últimos anos – todos abaixo da inflação – foram obtidos ou mantidos através de greve. Sem as greves, os servidores teriam inúmeros direitos a menos. Inclusive, os próprios estudantes conquistaram o congelamento do preço do bandejão em R$ 0,70, em decorrência de uma greve unificada em 2005.

  6. Entendemos que a greve causa transtornos. Isso comprova a importância do trabalho dos servidores das universidades, que mantém a instituição em funcionamento apesar de todos os cortes de verbas e falta de condições de trabalho. É importante frisar também que o SINTUFF sempre esteve apoiando ativamente diversas lutas estudantis, que tiveram como resultado a reabertura do bandejão e manutenção do preço em R$ 0,70, transporte entre os campi, ampliação do bandejão para outros campi, moradia estudantil, entre outras conquistas.

  7. O SINTUFF apoiou diversas lutas de terceirizados com salários atrasados, mobilizações que forçaram a quitação de pagamentos e garantiram manter a universidade aberta. Assim como sempre estivemos lado ao lado com os docentes, representados pela ADUFF, em várias lutas importantes. Desta forma, contamos com a solidariedade da comunidade universitária para a nossa greve. Solidariedade entre nós. Nosso real inimigo são os governos corruptos que nos atacam.

  8. É hora de unir os trabalhadores e a juventude para derrubar esse governo corrupto de Temer e seus aliados. O dia 10, data de deflagração da greve, será um dia nacional unificado de lutas, greves e paralisações de diversas categorias. Convocamos toda a comunidade universitária a participar conosco desta mobilização.

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